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A Covax Facility, o mecanismo criado pela OMS para distribuir vacinas aos países mais pobres do mundo, corta de forma radical a previsão de entrega de vacinas para os países da América Latina.
A medida pode afetar o Brasil, que esperava 10 milhões de doses até o final do primeiro semestre. As entregas somaram 60% dessa previsão até agora para o país.
Em janeiro de 2021, a entidade publicou uma previsão de que, até o final de junho, 95 milhões de doses estariam nos países da região. Agora, a nova estimativa publicada pela administração da Covax fala em apenas 25 milhões de doses.
Para julho, a previsão original indicava um total acumulado de 125 milhões de vacinas na região. Mas nova previsão indica apenas uma fração disso: 30 milhões.
A escassez vai continuar. Em setembro, seriam já 185 milhões de doses. Mas, pela nova previsão, a região terá acumulado apenas 60 milhões de unidades.
Ao final do ano, a nova projeção prevê que 2021 terá visto a entrega de 180 milhões para a América Latina, 100 milhões de doses a menos que o que se imaginava no começo do ano.
O volume ganhará ritmo apenas em 2022, quando a região chegará em março com 235 milhões de doses. Mas não terá atingindo as metas estipuladas nem para o final de 2021.
Em fevereiro, o governo e a OMS indicaram que o país receberia 10 milhões de doses até junho. Num comunicado do dia 15 de junho, porém, a Unicef confirma que pouco mais de 5,9 milhões de doses já tinham sido fornecidas ao país e que outras 4 milhões viriam "nas próximas semanas". Mas, no comunicado, não há qualquer referência sobre datas.
Escassez é global
De acordo com os dados da Covax, os problemas não se limitam à região latino-americana. Com doses acumuladas nos países ricos, a OMS passou a alertar para o "fracasso moral" da distribuição de doses.
Para agosto, a previsão inicial era de que o mecanismo tivesse distribuído 1 bilhão de doses aos países mais pobres. Mas, pelo novo calendário, serão apenas 340 milhões de unidades.
A diferença entre o plano original e a nova previsão deve diminuir até o final do ano. Mas, ainda assim, as metas originais não serão atingidas. A OMS queria 2,2 bilhões de doses ao mundo em desenvolvimento até dezembro. Pela nova previsão, serão 1,8 bilhão. Desse total, os 92 países mais pobres terão 1,5 bilhão de doses. O Brasil não faz parte dessa lista.
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