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Os advogados de Jair Bolsonaro (PL) estão recorrendo a pareceres de juristas para questionar a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Conforme reportado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a defesa de Bolsonaro pretende argumentar no Supremo Tribunal Federal (STF) que a colaboração de Cid foi obtida em condições que comprometem a voluntariedade e a espontaneidade exigidas por lei.
Paulo da Cunha Bueno, um dos principais advogados de defesa, alega que a delação de Cid foi conseguida mediante esgotamento moral. "É evidente que a colaboração do Cid foi extraída às custas do esgotamento moral dele", afirmou. Segundo ele, Cid passou quatro meses preso sem que uma ação penal fosse formalmente apresentada contra ele, o que configuraria uma pressão indevida para que ele colaborasse com as investigações.
Além disso, Bueno destaca que Cid foi impedido de manter contato com seu pai e sua esposa, sob a justificativa de que ambos também estavam sob investigação. "Nem na Lava Jato, com todas as críticas que a operação sofreu, ocorreu algo parecido," argumenta o advogado, ressaltando a excepcionalidade do caso. A estratégia da defesa de Bolsonaro coincide com o debate na Câmara dos Deputados sobre um projeto de lei que proíbe a delação premiada de réus presos.
Na próxima terça-feira (18), Mauro Cid e seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, prestarão novos depoimentos à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o suposto desvio de joias que pertenciam ao patrimônio do Estado brasileiro.
Com informações do Brasil 247
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