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A Polícia Federal compartilhou informações cruciais sobre a "Abin paralela" com os inquéritos das fake news, dos atos antidemocráticos e das milícias digitais. Essas investigações estão sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na decisão que autorizou a quarta fase da Operação Última Milha, Moraes afirmou: "verifica-se a existência de conexão probatória entre a presente investigação e os procedimentos investigatórios que tramitam nesta Corte". A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que a estrutura paralela na agência de inteligência, montada durante a gestão de Alexandre Ramagem, era "apenas uma célula de uma organização criminosa mais ampla". Segundo a PGR, essa organização utilizava recursos estatais para atacar opositores e instituições democráticas, operando de maneira semelhante aos casos investigados nos inquéritos 4874 (milícias digitais), 4828 (atos antidemocráticos) e 4781 (fake news).
O inquérito das milícias digitais investiga, entre outras coisas, o roubo das joias do acervo presidencial, a inserção de dados falsos nos sistemas de vacinação e uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT).
A defesa de Bolsonaro nega todas as irregularidades, argumentando que Moraes não tem prerrogativa para relatar todos esses processos que os inquéritos são “direcionados”. Bolsonaro criticou publicamente o chefe do Departamento de Inteligência da PF, delegado Rodrigo Morais, responsável pelos casos.
Com informações do jornal O Globo
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