672 visitas - Fonte: Brasil 247
Mesmo em luto, chefes do PSB já reconhecem que não têm margem de manobra para evitar substituição do falecido Eduardo Campos por Marina Silva; 1) Hipótese de outro nome representaria ofensa à pessoa que o próprio Campos escolheu para ser sua parceira; 2) Nomes alternativos como os do ex-ministro Ciro Gomes e seu irmão Cid Gomes, governador do Ceará, trocaram o partido pelo PROS, 3) Hipótese de desistência da eleição sinalizaria ao eleitorado capitulação diante do PT; nessa situação, de acordo com o consenso que vai se formando no comando dos socialistas, PSB cometeria suicídio como partido; paliativo à falta de confiança no comportamento político de Marina deve ser indicação de ex-deputado Maurício Rands, ex-secretário de Governo de Campos em Pernambuco, como vice; prazo de dez dias para formalização da dura mudança corre
Três motivos, segundo integrantes da direção nacional do PSB ouvidos por 247, explicam por que, mesmo sob a desconfiança do partido, a ex-ministra Marina Silva será mesmo indicada para substituir Eduardo Campos como candidata a presidente pela legenda:
1) O próprio Campos escolheu Marina para secundá-lo. Rechaçar Marina, na atual circunstância, seria um ofensa não apenas a ela, como também à liderança e à memória dele;
2) Falta de alternativa dentro do próprio partido. O comando do PSB se ressente da ida dos irmãos Cid Gomes, governador do Ceará, e Ciro Gomes, ex-ministro, para o PROS. Caso eles ainda tivessem dentro da legenda socialista, a margem de manobra para uma troca existiria. Com ambos fora, não há nome de filiado que seja capaz de convencer o eleitorado sobre a ultrapassagem à ex-senadora;
3) Uma eventual desistência da eleição passaria para o eleitorado a mensagem de que o PSB teria se "vendido", na expressão de um dirigente, ao PT. O partido adversário seria o mais beneficiado pelo fato de Marina, forte em todas as pesquisas eleitorais, não concorrer.
Diante desses três pontos, mesmo sob luto, a cúpula do PSB já sabe que não possui espaço para fazer algo diferente do que se mostra como a solução mais natural.
A forte ligação estabelecida durante a campanha entre Eduardo e Marina leva os socialistas e sonharem, em meio ao pesadelo, com um cenário inicial de suspensão das críticas dela à política de alianças do partido e outros aspectos. Marina deverá fazer uma campanha, imaginam eles, com base na emoção, no que ela é especialista.
Mas para não deixá-la com o comando absoluto da nova situação, o paliativo estudado é a nomeação do ex-deputado e ex-secretário de Governo de Pernambuco, na gestão de Campos, Maurídio Rands. Muito ligado ao presidenciável que morreu na quarta-feira 13, em acidente aéreo, em Santos, Rands foi do PT. Na prática, funcionará como contraponto à renovada força da futura candidata. O prazo legal de dez dias para as novas indicações está correndo.
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