481 visitas - Fonte: Carta Maior
Existe uma lenda que circula pelos nossos tempos de que a língua chinesa apresentaria um mesmo ideograma para as palavras “crise” e “oportunidade”. Não interessa aqui entrar nessa polêmica informação e muito menos aprofundar na pesquisa etimológica a esse respeito. O fato é que tal curiosidade serve muito adequadamente para ilustrar a situação atual do Brasil. Como dizem os italianos, “se non è vero, è ben trovato”. Pode não ser verdade, mas cabe bem no caso.
A estratégia oportunista da maioria da direção do PMDB de se afastar do governo Dilma confirmou-se na reunião do Diretório Nacional em 29 de março. Ao aderir de corpo e alma à opção do golpismo, o principal partido da base aliada retorna ao seu verdadeiro leito original. Quando abraça a tese do impeachment da Presidenta sem a apresentação de uma única prova capaz de justificar tal medida extrema, os atuais dirigentes da agremiação - que por muito tempo foi dirigida pelo saudoso Ulysses Guimarães - expõem a sua verdadeira face.
O inusitado da circunstância se manifesta de diversas maneiras. Talvez a mais absurda delas seja o fato de se exigir a demissão imediata dos sete ministros e demais cargos de segundo e terceiro, sem que haja qualquer menção ou referência ao posto de Vice Presidente da República ocupado por Michel Temer, justamente o dirigente máximo do peemedebismo. A histórica tradição de estar com vários pés em todas as canoas possíveis agora chega a um novo patamar: desembarcar de um governo com baixa de popularidade e realizar o antigo sonho de presidir o Brasil.
PMDB entre oportunismo e golpismo.
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