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O Pesidente Michel Temer ofereceu na noite desta segunda-feira (6) um jantar no Palácio da Alvorada a ministros e líderes da base aliada para discutir a proposta do governo para a reforma da Previdência. Ele chegou à residência oficial da Presidência por volta das 19h30 (saiba ao final desta reportagem quem esteve presente ao jantar).
Temer vem reforçando as conversas com os aliados para tentar garantir a aprovação no Congresso de propostas consideradas essenciais pelo Planalto, como as reformas previdenciária e trabalhista.
O presidente voltou a se envolver diretamente com as conversas porque um dos principais responsáveis pela articulação política do governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, está afastado há mais de 15 dias do Planalto por problemas de saúde.
Deputados da oposição e até mesmo da base aliada têm criticado o texto enviado pelo governo. Para alguns parlamentares, é preciso rever a proposta de idade mínima de 65 anos para se aposentar, a regra de transição e a contribuição por 49 anos para que o contribuinte receba o valor integral do benefício.
Um dos objetivos do Planalto com as reuniões para tratar do tema é acertar o conteúdo das emendas a serem apresentadas pelos deputados aliados, segundo apurou o G1.
O que disseram os deputados
Segundo deputados que estiveram presentes ao jantar, Temer foi o primeiro a falar e fez uma defesa sobre a importância de se aprovar a reforma da Previdência. Depois, alguns parlamentares fizeram questionamentos, respondidos pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
“[Ojantar] foi importante para traçar estratégias políticas e de comunicação para conseguir aprovar a reforma”, afirmou ao G1 o líder do DEM, Efraim Filho (PB).
O líder do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), explicou que ficou acertado que as bancadas farão reuniões internas para identificar os pontos de consenso, que, segundo ele, devem ser entre “70% e 80%” da proposta original. A partir daí, explicou, os pontos de dissenso serão conversados.
“O governo quer aprovar a reforma da maneira que está, mas sabe que alguns ajustes deverão ser feitos”, disse Tripoli ao deixar o jantar.
Reforma da Previdência
A proposta foi enviada em dezembro pelo governo ao Congresso e, em fevereiro, foi instalada a comissão especial para analisar o texto na Câmara. A expectativa do governo é de que a reforma seja aprovada no plenário da Casa em abril para, então, ser enviada ao Senado.
O Planalto defende que a reforma da Previdência funcionará como um complemento à proposta, já sancionada por Temer, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Entre outros pontos, o governo propôs:
Idade mínima de 65 anos para o cidadão se aposentar;
Aposentadoria integral após 49 anos de contribuição;
Prazo mínimo de contribuição para o INSS de 25 anos.
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