Janot pede 83 inquéritos contra políticos da cúpula de Temer ao STF na Lava Jato

Portal Plantão Brasil
14/3/2017 19:36

Janot pede 83 inquéritos contra políticos da cúpula de Temer ao STF na Lava Jato

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10159 visitas - Fonte: Jornal GGN

A segunda lista de Janot, como foi chamado os pedidos de inquéritos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações da Odebrecht chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (14).



Em sigilo, os nomes dos alvos dos 83 pedidos de inquéritos não foram divulgados, mas já se sabe que as apurações incluem ministros e parlamentares citados nos depoimentos dos 78 executivos e ex-funcionários da empreiteira, dos quais parte significante integra a cúpula do governo, entre o PMDB e o PSDB.







Mas além dos políticos, que por foro privilegiado são julgados pela última instância, Janot também pediu outras 211 investigações a instâncias inferiores, significando pessoas que não detêm a prerrogativa. Também na segunda lista de Janot estão 7 arquivamentos e 19 pedidos de outras providências.



Entre as delações que foram consideradas para os novos pedidos da PGR estão a do patriarca do grupo, Emílio, e seu filho e herdeiro Marcelo Odebrecht. Ambos detalharam como foram feitos os repasses em esquema de caixa dois para partidos políticos.



Nos depoimentos, foi citado, por exemplo, um encontro no Palácio do Jaburu, em 2014, organizado pelo agora presidente da República Michel Temer, e então candidato a vice-presidente, em que em nome do PMDB, Eliseu Padilha, o agora ministro da Casa Civil, solicitava os repasses para financiar as campanhas peemedebistas.



Ainda não se sabe quais destes inquéritos serão aceitos e quais políticos serão investigados. O ministro relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, deve decidir nos próximos dias quais apurações serão encaminhadas. Ainda assim, não há prazo para o ministro tomar essas decisões.



Também caberá a Fachin a palavra sobre manter o sigilo ou não dos casos. E, em seguida, após as determinações do ministro do STF, procuradores da República e delegados da Polícia Federal devem dar sequência às investigações, com realização de diligências, entre elas buscas e apreensões, quebras de sigilos, depoimentos e eventualmente prisões preventivas.



Todas as medidas judiciais devem passar pelo crivo do ministro do Supremo. Os investigadores deverão levantar os indícios que consideram necessários para os pedidos de denúncias pela Procuradoria-Geral da República.



Em nota oficial, a PGR enfatizou a necessidade do sigilo: "Não é possível divulgar detalhes sobre os termos de depoimentos, inquéritos e demais peças enviadas ao STF por estarem em segredo de Justiça. Rodrigo Janot pediu ao relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, a retirada do sigilo desse material considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público", publicou.



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