Saia justa: Temer presta homenagem a cineasta que morreu e cita filme que não é dele

Portal Plantão Brasil
14/5/2018 18:30

Saia justa: Temer presta homenagem a cineasta que morreu e cita filme que não é dele

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14985 visitas - Fonte: Brasil247

Michel Temer deu mais uma bola fora nesta segunda-feira 14, ao homenagear no Twitter o cineasta Roberto Farias, que morreu nesta segunda-feira 14 de câncer, aos 86 anos, no Rio de Janeiro.







"Diretor de 25 filmes, de chanchadas a clássicos, Roberto Farias nos deixou hoje. Teve participação importante no cinema brasileiro, nos sets de filmagens e na gestão do setor. Minha homenagem à família, amigos e colegas", postou Temer.



Acontece que o filme citado não é de Farias, e sim de Arnaldo Jabor. "O cinéfilo Temer atribuindo a Farias filme de Jabor", ironizou o jornalista Luís Nassif. Os internautas fizeram dezenas de piada e criticaram a assessoria de Temer, que já chamou até a Rússia de União Soviética.







Recentemente, num encontro com o presidente chileno, Sebastian Piñera, Temer desejou uma final da Copa do Mundo entre Brasil e Chile. O problema é que o Chile não foi classificado para o Mundial de 2018 - a seleção foi eliminada num jogo contra o Brasil.



Leia mais sobre Faria na reportagem da Agência Brasil:



Cineasta Roberto Farias morre de câncer, aos 86 anos, no Rio



Douglas Corrêa, repórter da Agência Brasil - O cineasta, produtor e distribuidor Roberto Farias morreu hoje (14) aos 86 anos, no Hospital Copa Star, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde estava internado para tratamento de um câncer.



Ele produziu e dirigiu em sua trajetória mais de 25 filmes. Nasceu em 1932 em Nova Friburgo, região serrana do Rio, e, ainda jovem, cursou a Escola de Belas Artes, indo trabalhar nos estúdios Atlântida. A empresa cinematográfica se notabilizou por produções consideradas baratas e de grande apelo popular, conhecidas como chanchadas.



Em nota, a diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine) expressou profundo pesar pelo falecimento do diretor, produtor e distribuidor e enumerou a carreira cinematográfica de Roberto Farias.



Ele foi realizador do clássico "O assalto ao trem pagador" (1962). Farias foi diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema e diretor geral da Embrafilme, entre 1974 e 1978. O cineasta começou a carreira no início dos anos 1950 como assistente de direção da Atlântida.



Comédias



Entre 1957 e 1960, realizou quatro longas: "Rico ri à toa" (1957), seu primeiro filme, "No mundo da lua" (1958), "Cidade ameaçada" (1959) e "Um candango na Belacap" (1960). Em "Toda donzela tem um pai que é uma fera" (1966), Roberto Farias cria um marco das comédias de costume carioca. Também nos anos 1960, colaborou na fundação da Difilm, distribuidora do Cinema Novo, ao lado do produtor Luiz Carlos Barreto.



O cineasta dirigiu ainda inúmeros sucessos de público como "Os paqueras" (1968), "Roberto Carlos e o diamante cor de rosa" (1968) e "Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora" (1971). Em 1973 realizou com Hector Babenco "O fabuloso Fittipaldi".



Em 1981, dirigiu "Pra frente Brasil", filme que falava explicitamente da tortura na ditadura militar, premiado nos festivais de Berlim e de Huelva. Produziu ainda "Azyllo muito louco" (1968), de Nelson Pereira dos Santos, "Os machões" (1973) e "Barra pesada" (1977), ambos de seu irmão Reginaldo Faria. Foi responsável também pelo sucesso "Os trapalhões e o auto da Compadecida" (1987).



Na TV, dirigiu minisséries como "As Noivas de Copacabana" e "Memorial de Maria Moura", além de vários episódios do programa "Você decide".



A Ancine se solidarizou com os amigos e familiares de Roberto Farias, "com a certeza de que sua obra permanecerá como referência e inspiração para o cinema nacional".



O Ministério da Cultura externou o seu pesar pela morte do cineasta e prestou solidariedade aos familiares, amigos e fãs do cineasta. A família de Roberto Farias ainda não divulgou o horário e o local do velório e do enterro.

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