Bolsonaro rebate presidente da França e insinua que devastar a amazônia é de interesse de todos os brasileiros

Portal Plantão Brasil
30/11/2018 15:42

Bolsonaro rebate presidente da França e insinua que devastar a amazônia é de interesse de todos os brasileiros

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6344 visitas - Fonte: Brasil247

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) subiu o tom após o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmar que a possibilidade de seu governo apoiar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul depende da posição do futuro governo sobre o Acordo Climático de Paris.



"Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", postou Bolsonaro no Twitter. Apesar do tom de independência que tentou passar com a postagem, ao longo desta semana, tanto Bolsonaro como seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, deram sinais de um alinhamento direto à política externa norte-americana.







Eduardo, que nesta semana esteve nos Estados Unidos para encontrar-se com funcionários do governo de Donald Trump, se deixou fotografar com um boné da campanha pela reeleição do atual mandatário dos EUA e anunciou a Transferência da Embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv. Devido à repercussão negativa, provocada especialmente juntos aos exportadores que temem retaliações dos países árabes, Bolsonaro disse que a embaixada não será transferida, mas que poderá abrir um escritório em Jerusalém.



Ainda nesta semana, Bolsonaro também prestou continência ao se encontrar com assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton. A continência, segundo o código militar, parte sempre do militar de menor patente para o seu superior. Ao prestar continência a Bolton, Bolsonaro o reconheceu como seu superior.







Apesar disso, o Twitter de Bolsonaro, contudo, teve como destinatário o presidente da França, Emmanuel Macron, que nesta sexta-feira afirmou que "não tem como pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados". A declaração foi uma referência a decisão anunciada por Bolsonaro de retirar a candidatura do Brasil para sediar a COP-25 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris.





Leia também reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:



Bolsonaro diz que não fará acordos que prejudiquem agronegócio



O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (30) que não pretende assumir compromissos ambientais que impactem o agronegócio brasileiro. A resposta foi uma reação às declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que condicionou o avanço das negociações entre a União Europeia (UE) e o Mercosul à posição do governo eleito sobre o Acordo Climático de Paris.



"O Macron está defendendo a França. Esse acordo Mercosul com a União Europeia atinge interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, essas commodities, logicamente que não podem contar com o nosso apoio. Mas não é um não em definitivo, nós vamos negociar", ressaltou Bolsonaro, após participar da cerimônia de formatura de sargentos da Força Aérea em Guaratinguetá, interior paulista.







Macron disse ontem (29) que irá apoiar a parceria comercial se ela não significar um desequilíbrio nas condições comerciais entre os países. "Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados."



No Twitter, Bolsonaro já tinha postado uma mensagem afirmando que "está fora de cogitação" o país se sujeitar automaticamente a interesses de outras nações. "Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", disse em mensagem na rede social.



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