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Mesmo com todo o poder que deteve à frente da Lava Jato, capaz de mandar grampear uma presidente da República sem ser punido e de haver se confrontado com o STF inúmeras vezes -e vencido todas-, Moro reclama que deixou a toga porque estava “cansado de tomar bola nas costas”. Foi o que disse nesta segunda-feira (3) em Madri, segundo apurou o jornal Folha de S.Paulo.
Para Moro, que foi coordenador da Operação Lava Jato, só o trabalho de procuradores, policiais e juízes não basta para enfrentar a corrupção. É preciso alistar outros atores, outros Poderes.
“Como gostamos de futebol, temos no Brasil uma expressão segundo a qual alguém diz estar cansado de levar bola nas costas”, afirmou à plateia de um seminário promovido pela Fundação Internacional para a Liberdade, presidida pelo Nobel de Literatura peruano Mario Vargas Llosa, que mediou a mesa. “Meu trabalho no Judiciário era relevante, mas tudo aquilo poderia se perder se não impulsionasse reformas maiores, que eu não poderia fazer como juiz.”
Moro, que usa em todas suas frases o discurso anti-corrupção, deveria dividir os holofotes com Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, mas seu futuro colega de governo cancelou sua participação de última hora por motivos de saúde. Guedes é suspeito de crimes de gestão fraudulenta ou temerária ao captar, por meio de um fundo de investimentos, recursos de sete entidades de previdência complementar de empregados de empresas públicas.
Ele ainda aproveitou a ocasião para defender o futuro chefe Jair Bolsonaro. "Não vislumbro no presidente traço de autoritarismo”, disse.
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