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Reportagem de Ricardo Della Coletta , Gustavo Uribe e Talita Fernandes na Folha de S.Paulo informa que o presidente Jair Bolsonaro concedeu ao líder opositor Juan Guaidó um tratamento parecido ao dado a chefes de Estado que realizam visitas oficiais ao país, o que não agradou militares do Palácio do Planalto. Para setores da cúpula fardada do novo governo, o encontro de Bolsonaro com Guaidó deveria ter sido um evento discreto, como planejado inicialmente, concentrando as atividades públicas no Palácio do Itamaraty.
De acordo com a publicação, para não criar uma saia-justa diplomática, a ideia era de que o venezuelano, em sua passagem pela sede administrativa da Presidência da República, entrasse e saísse pela entrada privativa, não fizesse pronunciamento e não concedesse entrevista à imprensa brasileira dentro do edifício. A sua aparição pública ocorreria no ministério das Relações Exteriores, com o chanceler Ernesto Araújo e sem a presença de Bolsonaro.
De última hora, contudo, o presidente mudou o plano da visita, concentrando as atividades de Guaidó no Planalto, onde ele discursou ao lado do mandatário brasileiro e falou com veículos de comunicação. Para militares do governo, um encontro discreto de Bolsonaro com Guaidó seria o mais adequado diante da situação delicada entre Brasil e Venezuela, completa a Folha.
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