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Dólar sobe e bate em R$ 5,88, maior patamar da história. Bolsa cai
Mercados na China fecham em queda
Bruno Rosa
12/05/2020 - 09:35 / Atualizado em 12/05/2020 - 17:13
RIO - Após uma segunda-feira tensa, a terça-feira começou com um pouco mais de otimismo no mercado financeiro. Mas durante a tarde os investidores voltaram a ficar apreensivos. O dólar, que operava em queda, chegou a marcar R$ 5,88, maior patamar da história. Agora, a divisa opera em alta de 0,79%, a R$ 5,86. A maior cotação registrada até agora foi na última quinta-feira, quando a moeda chegou a R$ 5,84. A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) cai 0,55%, para 78.631 pontos.
O estresse nos mercado é causado em torno do vídeo da reunião do conselho de ministros do último dia 22 de abril, no qual o presidente Jair Bolsonaro teria defendido trocas no comando da Polícia Federal no Rio para evitar que familiares e amigos fossem prejudicados por investigações em curso.
Segundo Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais, a alta do dólar e a queda na Bolsa ganharam força após o advogado do ex-ministro da Justiça Sergio Moro defender a divulgação na íntegra do vídeo da reunião ministerial na qual o presidente Jair Bolsonaro teria cobrado mudanças na Polícia Federal (PF) e o teria ameaçado de demissão caso não concordasse.
— Isso gerou uma volatilidade no mercado, fazendo o dólar subir e a Bolsa cair. Até então, estávamos no movimento inverso — disse Bandeira.
Analistas destacaram a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira. Eles pontuaram a indicação de uma retomada gradual da economia no terceiro trimestre.
Nos EUA, o destaque é a divulgação do índice de preços ao consumidor em abril, que apontou a maior queda desde a Grande Recessão. O Departamento do Trabalho informou nesta terça-feira que seu índice de preços ao consumidor recuou 0,8% no mês passado após queda de 0,4% em março. O recuo ocorreu por conta da menor demanda por gasolina e uma série de serviços, incluindo viagens aéreas.
E, mais uma vez, as expectativas de reabertura gradual na economia dos EUA, influencia positivamente os índices americanos. O Dow Jones sobe 0,20%, assim como a Nasdaq (+0,34%) e S&P (+0,06%)
Mas na China, o índice acionário de Xangai terminou em baixa com os temores de uma segunda onda de infecções por coronavírus e com a maior queda em quatro anos nos preços ao produtor da China em abril como reflexo do impacto econômico da pandemia.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, ficou estável, enquanto o índice de Xangai teve recuo de 0,11%, reduzindo algumas perdas depois de ter caído 0,59% mais cedo.
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