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Recentemente, uma frase de Jair Bolsonaro dita ao seu guru, o astrólogo Olavo de Carvalho, nos Estados Unidos, completou dois meses. “Prezado Olavo de Carvalho, o Brasil não é um terreno aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo”, disse Bolsonaro em um jantar em Miami. “Nós temos que desconstruir muita coisa, desfazer muita coisa, para depois começar a fazer”, complementou o presidente.
A fala, mais uma dessas tiradas do presidente para denunciar o suposto avanço do socialismo e do comunismo no Brasil, foi seguida à risca por Bolsonaro. Na volta ao Brasil, depois da fatídica viagem em que dezenas de auxiliares presidenciais pegariam coronavírus, Bolsonaro dedicou-se diariamente a desconstruir.
Primeiro, desmontou o Ministério da Saúde, então liderado por Luiz Henrique Mandetta, enciumado que estava com o protagonismo do ministro na linha de frente do combate à pandemia. Depois, tratou de desconstruir a estratégia de isolamento social e o trabalho dos governadores para convencer a população de que o coronavírus não era uma gripezinha.(…)
Em 17 de março, quando Bolsonaro prometeu a Olavo, sua inspiração, voltar ao Brasil para “desconstruir muita coisa”, um brasileiro havia morrido por coronavírus e 349 casos haviam sido confirmados. Nesta quarta, o país passara das 25.000 mortes, sendo 1.086 delas registradas nas últimas 24 horas. A desconstrução é o programa mais ativo e eficiente do governo.
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