592 visitas - Fonte: Revista Fórum
No primeiro debate do segundo turno entre candidatos à prefeitura de São Paulo, promovido na noite desta segunda-feira (16) pela CNN Brasil, o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB), fez de tudo para esconder sua proximidade com o governador João Doria (PSDB) e fugir das perguntas de Guilherme Boulos (PSOL) sobre seu padrinho político.
O tema foi colocado pela mediadora Monalisa Perrone, que perguntou a ambos a questão dos apoios que receberão no segundo turno, citando Lula e Doria. O governador era prefeito de São Paulo e tinha Covas como vice. O candidato assumiu a prefeitura da capital paulista quando Doria abandonou o cargo para se candidatar ao governo do estado, em 2018.
Em sua resposta, assim como fez durante a campanha do primeiro turno, Covas tentou se descolar de Doria. “Estamos na eleição para prefeito. Não é uma eleição de qual padrinho importa mais. A população quer comparar o currículo de cada um, a história, o que fizeram pela cidade. Tenho o apoio de Doria, as ações conjuntas entre estado e município beneficiam a população. Mas eu sou o candidato a prefeito. Não se trata de debater quem tem melhor apoio político”, declarou.
Boulos, por sua vez, rebateu: “Há uma diferença entre apoios que você recebe. Quem foi eleito prefeito há 4 anos foi o Doria, você era vice. O João Doria seguiu tradição dos tucanos, abandonou a cidade e usou São Paulo de trampolim, e você ficou na prefeitura. É natural que essa questão apareça”.
Na tréplica, Covas voltou a tentar a esconder Doria e começou a falar sobre vagas em creches, tópico que não estava na questão feita pela jornalista. Antes de mudar de assunto, disse que a população não quer “o ódio de 2018” nessas eleições.
O candidato do PSOL, então, relembrou que Covas apoiou Doria em 2018 e sua campanha associada a Jair Bolsonaro, a “Bolsodoria”. “Entendo que a questão do Doria seja tão incômoda que você busque outros temas. É incômoda porque o Brasil e São Paulo mudaram de 2018 para cá”, disse.
“Em 2018 muita gente votou com ódio. Lembro de gente usando cano de revólver na urna. Foi em 2018 que surgiu o ‘Bolsodoria’. Esse voto de rancor, de ódio, de violência. E o que aconteceu no país, que aumentou a rejeição do Doria, que criou rejeição ao Bolsonaro, isso trouxe uma mudança que se expressou nas urnas em São Paulo”, completou.
Assista.
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