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O Brasil e mais um grupo de 15 países da América publicaram hoje uma nota conjunta em que acusaram as eleições legislativas na Venezuela de "fraudulentas" e afirmam não reconhecer a "legalidade e a legitimidade" da votação, realizada ontem.
O pleito, que deu maioria no Parlamento ao presidente Nicolás Maduro, teve o boicote da oposição e um alto índice de abstenção: 69% dos eleitores não votaram.
"Exortamos a comunidade internacional a se unir na rejeição a essas eleições fraudulentas e a apoiar os esforços para a recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito na Venezuela", disseram os países signatários.
O documento é assinado, além do Brasil, por Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Santa Lúcia.
Pelas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, já havia se manifestado sobre as eleições na Venezuela, que foi classificado por ele como "farsa eleitoral".
"O resultado de qualquer ’legitimação’ de Maduro: mais opressão e fome para os venezuelanos, mais força para o crime em toda a região. Porém, o povo venezuelano rejeitou a farsa eleitoral. Com baixíssima participação, mostrou que as eleições legislativas não representam sua vontade", escreveu o ministro.
Os signatários, um grupo de países interessados , incluindo membros do Grupo de Lima e outros países comprometidos em apoiar o retorno da democracia, declaram o seguinte:
1 - Reiteramos que as eleições de 6 de dezembro para renovação da Assembleia Nacional da Venezuela, organizadas pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro, carecem de legalidade e legitimidade pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, e sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional.
2 - Exortamos a comunidade internacional a se unir na rejeição a essas eleições fraudulentas e a apoiar os esforços para a recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito na Venezuela.
3 - Exortamos os atores de toda a Venezuela, de todas as tendências ideológicas e filiações partidárias, a colocarem os interesses do país acima de tudo e a se comprometerem urgentemente com um processo de transição, definido e impulsionado pelos venezuelanos, de modo a encontrar uma solução pacífica e constitucional que leve o país a eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e críveis o mais rapidamente possível.
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