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A defesa da diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que a dirigente tenha o direito de não comparecer à CPI da Covid.
A participação dela na CPI está agendada para amanhã. Os advogados pediram ainda que, caso a diretora tenha que comparecer, ela possa ter assegurado o direito ao silêncio, de não ser submetida ao compromisso de dizer a verdade e de ausentar-se do depoimento, caso julgue conveniente.
Medrades foi quem representou a Precisa Medicamentos em uma reunião com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, em janeiro.
A Precisa atua como representante da Bharat Biotech no Brasil no tocante a processos envolvendo a Covaxin. A compra de 20 milhões de doses do imunizante indiano contra a covid-19 por parte do Ministério da Saúde está sendo investigada pela CPI da Covid.
No fim de junho, em depoimento à CPI, os irmãos Miranda — deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde — relataram indícios de irregularidades na aquisição da Covaxin, com pressão atípica para a importação do imunizante.
Na oitiva, o deputado relatou que se reuniu com Jair Bolsonaro (sem partido) para apresentar as suspeitas que tinha e, no encontro, o presidente citou o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) — que nega as acusações —, utilizando ainda a palavra "rolo".
Hoje, a PF (Polícia Federal) abriu inquérito para apurar se Bolsonaro prevaricou ao receber as denúncias do servidor e do deputado e não dar prosseguimento a elas. Segundo Luis Miranda, o presidente disse que levaria a questão ao órgão policial.
A Covaxin é a vacina mais cara comprada pelo governo federal, saindo por US$ 15 a dose — e, por isso, o MPF (Ministério Público Federal) apura suspeitas de superfaturamento no contrato.
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