Possibilidade de vitória de Lula em 1° turno, muda o jogo para 2022

Portal Plantão Brasil
15/12/2021 13:02

Possibilidade de vitória de Lula em 1° turno, muda o jogo para 2022

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A vantagem de 27 pontos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), apontada pela pesquisa Ipec divulgada na terça-feira 14, é um retrato do momento político que altera os rumos da cada vez mais próxima eleição presidencial. O ex-presidente larga hoje com 48% dos votos, o suficiente para resolver a parada sem prorrogação.



A essa altura, quem sonhou em concorrer como terceira via e acordou como nanico já revê a disposição em botar o carro na pista. Vale a pena correr sozinho numa prova em que dois pilotos largam com tantos metros à frente? Ou apostar as fichas numa peleja que pode terminar antes do previsto?

Essas são dúvidas que pairam sobre o pelotão que vai de Rodrigo Pacheco (PSD), candidato com um total de 0% das intenções de voto, a Sergio Moro (Podemos), que tem 6%.

Pelo cenário, nem que um dos candidatos da terceira colocação para trás conseguisse reunir todos os demais postulantes em uma frente ampla e improvável poderia ameaçar os dois favoritos.

Daqui em diante o desafio naquele bolo é mostrar ao eleitor quem é o candidato com mais chances de bater Lula agora e/ou num (hoje) improvável segundo turno. Isso requer outro cálculo: centrar fogo no petista ou no atual presidente?



Se for poupado agora, Bolsonaro, que tem a máquina oficial (e outras paralelas) nas mãos, pode crescer e assegurar e se reposicionar no jogo. Game over para os demais. Se a tendência for uma vitória petista no primeiro turno, a corrida se transformará numa grande disputa de todos contra Lula —e não em um referendo sobre o governo bolsonarista, como estava desenhado antes.

Diferentemente de 2018, Bolsonaro, hoje com 21% das intenções de voto, segundo o Ipec, terá na campanha um amplo espaço na propaganda de rádio e TV para atacar adversários, sem precisar necessariamente escolher um. Haverá botina para todos.



Um esboço de duelo com o petista já pode ser observado em declarações recentes sobre a anistia de dívidas de estudantes beneficiados pelo Fies. Neste item, Lula pediu truco e Bolsonaro gritou “seis”. Vai ser assim até outubro.

Nas cordas após um ano de notícias ruins, o presidente sabe que só terá chance de bater o petista se reverter a má fama entre determinados segmentos do eleitorado. Entre os mais pobres, também conhecidos como os mais prejudicados pela inflação e a recessão econômica produzidas pelo atual governo, Lula tem ampla vantagem (57% dos votos entre quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo e 63% no Nordeste).

Nos próximos meses, a pesquisa poderá medir melhor o impacto do pagamento do Auxílio Brasil na avaliação do presidente e seu governo.



Hoje a gestão Bolsonaro é bem avaliada por apenas 19% dos eleitores e considerada ruim ou péssima por 55%. Nada menos do que sete em cada dez entrevistados dizem não confiar no presidente.

E tem mais. Realizada entre os dias 9 e 13 de dezembro, a pesquisa do Ipec, instituto comandado por antigos executivos do Ibope, mostrou uma lista aos entrevistados e perguntou em qual dos candidatos eles não votariam de jeito nenhum. Bolsonaro lidera disparado neste quesito, com 55% das menções –número suficiente para trancar qualquer possibilidade de reeleição. O índice de rejeição a Lula é de 23% e o de Sergio Moro, 18%.

Esta é a notícia mais animadora da pesquisa para o pelotão que vem (bem) atrás. No limite, o candidato mais bem posicionado do bolo poderá dizer que Bolsonaro, o segundo colocado, não tem chance de bater o petista na segunda fase da disputa e ganhar o voto dos eleitores mais pragmáticos que, a princípio, preferiam Bolsonaro.



Por conta da má avaliação do próprio trabalho, o presidente tem um furo no tanque de combustível que pode vedar ou não. Tudo vai depender do Auxílio Brasil e do sucesso da sua disposição em abrir a carteira para fidelizar a base e expandir seu grupo de apoio para além dos radicais.

Se conseguir, terá um pé no segundo turno.

Se não, corre o risco de ser ultrapassado por outro candidato à direita ou ver a disputa se encerrar já no primeiro turno.




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