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Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de pedirem propina a prefeitos para que o Ministério da Educação (MEC) liberasse recursos, estiveram 45 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A revelação foi feita pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao Jornal O Globo um dia depois do ministério ter negado as informações alegando um suposto risco à vida do presidente da República e de seus familiares. Partidos de oposição chegaram a se mobilizar contra a tentativa de manter os encontros de Bolsonaro com os pastores lobistas em sigilo.
Segundo os dados apresentados ao jornal, Arilton esteve 35 vezes no Planalto, enquanto Gilmar esteve outas 10 vezes. Os dados foram liberados pelo GSI devido a uma "recente manifestação da Controladoria-Geral da União quanto à necessidade de atender o interesse público".
Gilmar é presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil e Arilton era seu assessor. Eles teriam montado um "gabinete paralelo" que controlava a distribuição de recursos do Ministério da Educação. O escândalo derrubou o chefe do MEC, o reverendo Milton Ribeiro.
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