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A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou 15 ações ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), os filhos e aliados do chefe do Executivo por "propaganda irregular em razão de desinformação na internet".
Ao total, as ações da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) pedem a retirada de mais de 200 publicações nas redes sociais como Twitter, Facebook, Instagram, Kwai, Gettr, YouTube, TikTok, Telegram e sites.
Segundo Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Lula, as ações são contra "atores envolvidos na disseminação das desinformações", entre eles: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filhos de Jair Bolsonaro; os parlamentares Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Coronel Tadeu (PL-SP) e Floriano Agora.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria; o cantor Roger Rocha; jornalistas como Milton Neves e Silvio Navarro; e influenciadores digitais como Kim Paim também são os alvos das ações.
"O conjunto das fake news apresentadas à Justiça Eleitoral revela que há um grande movimento coordenado de grupos e apoiadores do candidato à reeleição Jair Bolsonaro para disseminação de notícias falsas, com o claro intuito de influenciar as eleições deste ano", começou Zanin.
O advogado ainda destacou ainda o número de redes sociais usadas para disseminar as desinformações alegadas pela defesa.
"Um ponto de relevância é a variedade de redes sociais utilizadas para compartilhar as desinformações, de modo a alcançar o maior número de eleitores e eleitoras e, assim, influenciar negativamente o processo eleitoral. (...) As graves mentiras podem confundir o eleitorado brasileiro e, consequentemente, influenciar o resultado do pleito eleitoral."
Confira abaixo o conteúdo de cada uma das ações enviadas ao TSE pela defesa de Lula:
-Vídeos cortados que induzem que Lula toma água em uma garrafa e induzem que o estaria se alcoolizando em discursos da campanha;
-Descontextualizar fala do ex-presidente em ato no Vale do Anhangabaú induzindo a ideia que ele teria defendido a violência doméstica fora do Brasil;
-Manipulação de vídeo com entrevista de Lula ao El País em outubro de 2020. O vídeo conta com 8 segundos de 1h30min de entrevista e tem a frase de que não vai "enganar o povo mais uma vez";
-Alteração de vídeo que dá a entender que o presidenciável teria "agradecido ao coronavírus";
-Frases retiradas de contextos no qual indica falsamente que Lula tiraria o 13º e as férias trabalhistas;
-Notícias falsas de que o candidato terminaria com o emprego dos trabalhadores de aplicativos;
-Fake news de que o candidato revogaria o Pix;
-Fake news de que o candidato exterminaria o agronegócio caso vença no pleito deste ano;
-Veiculação da desinformação sobre um suposto título de eleitor, em que no QR CODE constaria as expressões "LULA" e "PT", sugerindo possível favorecimento do candidato;
-Desinformação de que o ex-diretor do Datafolha Mauro Paulino, em uma fala gravada em áudio, confirmaria a existência de manipulação de pesquisas de intenção de voto para fazer crer que há uma ampla vantagem ao candidato Lula e que existiria um plano para fraudar as urnas eletrônicas, a fim de garantir a vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores;
-Vídeo satírico publicado no Youtube utilizado para disseminar a desinformação de que o interlocutor seria um dos advogados do Partido dos Trabalhadores tecendo comentários que desacreditam o sistema eleitoral brasileiro, em uma suposta reunião interna com apoiadores, desinformação também impugnada no conjunto de ações;
-Compartilhamento de áudio falsamente atribuído ao ex-Ministro Aldo Rebelo, como se ele houvesse afirmado que o PT e Lula seriam responsáveis pelo aumento dos combustíveis no Brasil;
-Disseminação de fake news de que os eventos de campanha do candidato Lula estariam esvaziados, ou seja, de que contariam com pouco apoio popular, com o claro intuito de enganar a população a respeito da realidade;
-Fake news repetindo a desinformação amplamente disseminada no pleito de 2018, o ’kit gay’;
-Fake news com tentativa de vincular o candidato a Adélio Bispo, pelo compartilhamento de imagem do ex-presidente Lula com um senhor, afirmando que seria irmão do autor do atentado a Jair Bolsonaro em 2018.
Em atualização...
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