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O vice-presidente da República, o senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos), chamou de "violação" a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de rejeitar a ação golpista do partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, para anular os votos de 60% das urnas apenas no segundo turno, e pediu a mobilização dos manifestantes de direita.
"Rumamos para um precipício. Assim, é chegada a hora da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária", escreveu ele nas redes sociais. "Necessário é reagir com firmeza, prudência e conhecimento; dentro dos ditames democráticos e constitucionais, para restabelecer o Estado Democrático de Direito no Brasil".
"Vive-se hoje no Brasil, infelizmente, uma violação do Pacto Federativo, perpetrada pela mais alta instância do Judiciário", afirmou, acrescentando que o questionamento sem fundamento das urnas é uma "polêmica justificada", e que o TSE não tem o direito de impor uma "multa absurda".
Nesta semana, o PL entrou com uma ação no TSE para anular o resultado de 279 mil urnas apenas no segundo turno da eleição, dando assim a vitória a Bolsonaro, que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por mais de 2 milhões de votos.
Para o partido, cinco dos seis modelos das urnas usados na votação não são "auditáveis", o que especialistas negam. Se considerado apenas o resultado dessas urnas, Bolsonaro teria 51% dos votos válidos, contra 48,9% de Lula. O PL, porém, não quis estender o pedido ao primeiro turno, quando elegeu uma bancada de 99 deputados e oito senadores, com a justificativa de evitar "tumulto".
Ontem, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou a ação, e estipulou uma multa de R$ 22,9 milhões, por considerar que a legenda agiu de má-fé. Ele também suspendeu o fundo partidário das siglas que integram a coligação de Bolsonaro até o pagamento da multa.
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) November 24, 2022