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O jornal El País foi atrás de uma pista dada por Rodrigo Tacla Durán sobre corrupção no Panamá e comprovou que a dica era quente. Reportagem publicada nesta quinta-feira, (07) mostra que a Odebrecht abriu conta no Banco Privada de Andorra, paraíso fiscal da Europa, em nome dos pais de um dos homens fortes do ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli, que governou o país entre 2009 e 2014.
Segundo o jornal, os pais do ex-ministro panamenho receberam depósitos de 10 milhões de dólares, o equivalente a 32 milhões de reais. O ex-ministro panamenho foi confrontado com a informação e confirmou a existência da conta, mas disse que era fruto de negócios lícitos.
Para os brasileiros, a reportagem tem importância não apenas porque envolve o nome da Odebrecht, mas principalmente porque reforça a credibilidade das denúncias de Rodrigo Tacla Durán, escreve Joaquim de Carvalho no Diário do Centro do Mundo. Há alguns dias, a coluna da jornalista Mônica Bergamo informou que Durán está escrevendo um livro em que narra o episódio no qual o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo de Sérgio Moro, que dividiu escritório com a esposa do juiz, tentou lhe vender facilidades na Lava Jato.
Moro, embora não tenha sido acusado diretamente por Tacla Durán, saiu em defesa do advogado Zucolotto, através de nota: “Lamentável que a palavra de um foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça”, diz a nota assinada pelo juiz. Segundo Moro, o relato de Durán era “absolutamente falso” e Zucolotto, padrinho de seu casamento, é “profissional sério e competente”.
O DCM divulgou com exclusividade a informação de que, em documento apresentado à Receita Federal, o escritório de Rodrigo Tacla Durán no Brasil confirmou ter feito pagamentos a Zucolotto e a Rosângela Moro, esposa do juiz, mas não mencionou as razões desses pagamentos, com a alegação de que contratos entre advogados são protegidos por sigilo profissional.
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