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O Brasil tem hoje um ocupante da presidência da República ilegítimo, denunciado por três crimes – corrupção, obstrução judicial e comando de organização criminosa – e rejeitado por praticamente todos os brasileiros. Trata-se de Michel Temer, aprovado por apenas 3,4% da população, e que conquistou seu poder por meio de um golpe parlamentar.
Essa combinação explosiva, que faz com que o Brasil atravesse a maior crise política de sua história, criou também uma crise militar desde que o general Hamilton Mourão defendeu uma intervenção militar para banir elementos corruptos da vida nacional, sem explicitar quais seriam. Temer talvez seja um deles.
Ontem, com bastante atraso, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, cobrou uma punição ao general, mas sua autoridade diante das tropas é praticamente nula. O resultado foi que Mourão teve apoio de um general da reserva, Augusto Heleno, e do próprio comandante das Forças Armadas, general Villas Boas, que afirmou que ele não será punido.
A crise demonstra o estrago causado por um governo que, por ser ilegítimo, não consegue impor disciplina e hierarquia. O fato é que os fantasmas do passado voltaram a rondar o Brasil e Temer pode ser derrubado com um simples peteleco das Forças Armadas.
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