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A ofensiva dos bolsonaristas para adoção do voto impresso no Brasil será reforçada. A deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente do Conselho de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, anunciou que a partir de hoje começa uma campanha para que o eleitor tenha registro em papel da opção feita na votação. A parlamentar é autora da Proposta de Emenda Constitucional que propõe mudança no sistema eleitoral.
Segundo ela, a campanha é "suprapartidária" e terá a participação "não só do PSL" e nem somente de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, Kicis anunciou que o esforço terá participação de "grandes personalidades" - nesta categoria, citou apenas o nome do jornalista Alexandre Garcia.
A presidente da CCJ diz que a PEC de sua autoria vai possibilitar "transparência nas eleições". "Precisamos do voto auditável, que hoje lamentavelmente nós não temos", afirmou, em suas redes sociais.
Apesar do que diz Bia Kicis, o sistema eleitoral brasileiro já é auditável, como explicou várias vezes o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso. A cada dia de votação, inclusive, um boletim é impresso para conferência dos partidos políticos.
O voto impresso é uma das fixações do presidente Jair Bolsonaro, que já chegou a dizer que se o sistema de votação não for alterado para as eleições de 2022, algo "muito pior" que a invasão do Capitólio pode acontecer no Brasil.
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