Quem é o prefeito de New York, que escorraçou Bolsonaro

Portal Plantão Brasil
4/5/2019 11:49

Quem é o prefeito de New York, que escorraçou Bolsonaro

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2861 visitas - Fonte: diário do centro do mu

Ao justificar seu arrego do jantar de gala em Nova York oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, Jair Bolsonaro citou a “resistência” e os “ataques deliberados do Prefeito”.







Bill de Blasio tornou-se um cruzado contra o obscurantismo bolsonarista, defendendo sua cidade da presença do que chamou de “ser humano perigoso”.



De quebra, expôs a iniquidade de Jair para o mundo.



Fez pressão para o Museu de História Natural recusar o jantar de gala em torno de Bolsonaro reservado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.







Depois conseguiu que o restaurante Cipriani, plano B dos organizadores, também despejasse o Godzilla verde e amarelo.



O Marriott topou a parada. Não durou uma semana.



No rádio, De Blasio apontou que Bolsonaro “está fazendo algo tangivelmente destrutivo”. “Fico desconfortável com isso”, disse.



Condenou os planos do brasileiro para a Amazônia, que “poderiam colocar em risco o planeta”, bem como o “racismo evidente” e a “homofobia” do sujeito.



De Blasio está no extremo oposto ideológico e, mais do que isso, civilizacional de Bolsonaro.



Sua campanha foi baseada no combate à desigualdade.



Frequentemente, ele bate pesado em Donald Trump, o irmão mais velho esquisitão e bem sucedido de Bolsonaro.







Aos 57 anos, o democrata é casado com a ativista e poeta negra Chirlane McCray, com quem tem dois filhos, Dante e Chiara. Antes dele, Chirlane teve apenas relacionamentos com mulheres.



O pai perdeu a perna esquerda na Segunda Guerra Mundial e se tornou alcoólatra. Suicidou-se em 1979.



Define-se como “socialista democrático” e é cotado para candidato à Presidência em 2020.



“Ele deu voz aos novaiorquinos esquecidos – os 46% que vivem na pobreza ou perto dela, os 50 000 sem teto, os milhões que estão fora das áreas de segurança econômica e afluência aristocrática”, apontou o New York Times.



Em 2014, logo que assumiu, a Reuters publicou um breve perfil dele:



Bill de Blasio, um ousado democrata liberal que fez campanha para reduzir a distância entre ricos e pobres de Nova York, foi formalmente empossado nesta quarta-feira como o 109º prefeito da cidade em uma cerimônia na escadaria do City Hall, sede do conselho municipal.







O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton conduziu o juramento de De Blasio para o cargo usando uma Bíblia que já havia sido empregada por Franklin Delano Roosevelt.



De Blasio já tinha sido empossado mais cedo, logo após a meia-noite, em uma cerimônia em sua casa no Brooklyn.



Ele sucede a Michael Bloomberg, que administrou a cidade após os ataques de 11 de setembro de 2001 e durante a recessão econômica seis anos mais tarde. As políticas da Bloomberg foram elogiadas por tornar a cidade mais segura, ecológica e habitável.



Bloomberg, que está deixando a prefeitura depois de 12 anos, disse que pretende ter duas semanas de férias no Havaí e na Nova Zelândia com sua namorada de longa data, Diana Taylor.



Em seguida, o bilionário, que tem casas em Bermuda e em Londres, disse que vai se concentrar em sua fundação de caridade, a Bloomberg Philanthropies, e permanecer ativo nos setores de saúde pública, controle de armas e inovação governamental.



Na corrida eleitoral, De Blasio apresentou-se como um candidato anti-Bloomberg, criticando o “conto de duas cidades”, que, segundo ele, surgiu quando Nova York perdeu sua reputação de lugar perigoso, a partir das décadas de 1970 e 1980.



Depois de uma vitória retumbante em novembro, com mais de 70 por cento dos votos, De Blasio se comprometeu a enfrentar uma lacuna de acessibilidade que deixou aqueles no meio e nos últimos degraus da escada econômica lutando para pagar serviços básicos, tais como habitação e transporte público.



“Quando eu disse que acabaríamos com o conto de duas cidades, eu estava falando sério. Vamos fazê-lo”, disse De Blasio em seu discurso inaugural.



O “conto de duas cidades” é uma referência à obra de Charles Dickens.



Se Dickens falava de Londres e Paris no tempo da Revolução Francesa, De Blasio estava prometendo diminuir a distância entre a Nova York rica e a pobre.



Prefeito serve para isso — e para proteger seus eleitores do fascismo.



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