Armados com metralhadoras, Policiais Federais interrogam professores que organizavam protesto contra Bolsonaro

Portal Plantão Brasil
24/7/2019 13:46

Armados com metralhadoras, Policiais Federais interrogam professores que organizavam protesto contra Bolsonaro

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2720 visitas - Fonte: Uol

Uma reunião marcada por professores sindicalizados para preparar manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que deve visitar Manaus nesta quinta-feira (25), teve a intervenção de três Policiais Rodoviários Federais armados que foram ao local perguntar quem eram os organizadores dos atos.







Os relatos foram compartilhados por participantes nas redes sociais e repetidos à reportagem do UOL por dois professores, que enviaram fotos da ação. A PRF não respondeu qual a motivação ou o embasamento legal da operação.







"Eu havia acabado de sair da sala para beber água e me deparei com os policiais e a ponta de uma metralhadora. Cheguei a pensar que eles eram do sindicato dos policiais e de repente estavam ali para aderir ao movimento. Fomos falar com eles e eles falaram que estavam cumprindo ordem do Exército Brasileiro", afirmou à reportagem o professor de história Yann Ivannovick, que também preside a Frente Brasil Popular no Amazonas.



Ele diz que reunião havia sido marcada para as 17h na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Amazonas (Sinteam), no centro de Manaus. Às 16h30, ele afirma, os policiais chegaram ao local e afirmaram que acompanhariam a reunião.



Yann disse que explicou aos policiais que o ato era pacífico e teria como pauta manifestações contrárias ao "desmonte da educação", "pela defesa da Amazônia e da Zona Franca de Manaus".



"Disse aos policiais que o que eles estavam fazendo na sede do sindicato era um ato atípico. E eles responderam que, para eles, o que nós estávamos fazendo é que era atípico".

Yann Ivannovick, professor de história em Manaus







Segundo relato dos professores, os policiais entraram numa das salas do sindicato e passaram meia hora fazendo perguntas sobre o ato e seus organizadores.



"Foram cordiais. Nós dissemos que aquela ação não era normal e que iríamos falar sobre isso nas nossas redes sociais, e eles riram", afirmou Yann.



A reunião para organização das manifestações contrárias ao governo ocorreu depois da saída dos policiais.



Também presente no evento, o professor Gilberto Ferreira, diretor do Sinteam, contou versão semelhante.







"Eles disseram que vieram a mando do Exército Brasileiro e foram gentis. Nós também", afirmou.



Ele classificou o episódio como "um retorno dos momentos que uma manifestação pacífica tem que estar acuada pelas Forças Armadas".



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