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O ataque feito por Jair Bolsonaro à ex-presidente chilena e Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e à memória de seu pai, o brigadeiro Alberto Bachelet, morto após ter sido torturado por agentes da ditadura de Augusto Pinochet, uniu parlamentares de direita, do centro e da esquerda na condenação as declarações feitas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto.
“São lamentáveis as declarações de Bolsonaro. Ele usa a figura de Bachelet para assuntos de política interna do Brasil. As batalhas se ganham com ideias, não com acusações desse tipo. Uma liderança política séria e responsável deve ter argumentos e não fazer ataques” afirmou deputado Issa Kort, da União Democrática Independente (UDI), extrema direita ao jornal O Globo.
"Conhecemos a História de nosso país e devemos aprender dela, mas não permitir que outros países usem nossa História para seus fins políticos. Nunca usamos a História do Brasil para fins de política interna e não podemos aceitar que Bolsonaro o faça. O que aconteceu no Chile fica no Chile e se resolve no Chile", completou.
O senador e ex-secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, do Partido Socialista, que faz oposição ao presidente Sebastian Piñera pediu que o governo chileno se pronuncie sobreo caso. "O senhor Bolsonaro demonstrou uma capacidade de insultar as pessoas absolutamente impressionante", postou no Twitter.
O ex-embaixador do chileno na Argentina e em Washington, Juan Gabriel Valdés, afirmou que "a menção ao pai de Michelle Bachelet é miserável. Espero que o governo do Chile proteste diante de insultos que afetam nosso país”.
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