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O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, alertou para que ’ninguém ficasse sabendo’ de um ato ilegal tramado por uma colega, a procuradora Thaméa Danelon, com forte apoio seu, o que demonstra que, aparentemente, ele tinha noção da ilegalidade da prática.
A ideia era redigir um pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, para ser entregue pelo advogado particular Modesto Carvalhosa, conforme revelam mensagens trocadas em maio de 2017 no aplicativo Telegram e divulgados em novo capítulo da Vaza Jato nesta segunda-feira 26 por Reinaldo Azevedo.
Após apoiar Thaméa, que contava ter recebido um pedido de Carvalhosa para que minutasse o pedido de impeachment, Deltan Dallagnol alertou a procuradora, hoje cotada pelo futuro procurador-geral da República, Augusto Aras, para chefiar a Lava Jato em Brasília: "Ng pode ficar sabendo que olhamos se não enfraquece".
"Vão dizer que é vinganca pq soltaram Dirceu. Precisa sair da sociedade mesmo", completou Dallagnol. "Entendi. Não falarei para ninguém de vc!!", prometeu a procuradora.
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