Com avanço crítico da Covid-19, Curitiba decreta suspensão do atendimento presencial de atividades não essenciais.

Portal Plantão Brasil
28/5/2021 18:43

Com avanço crítico da Covid-19, Curitiba decreta suspensão do atendimento presencial de atividades não essenciais.

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806 visitas - Fonte: G1

Curitiba volta para restrições da bandeira vermelha a partir deste sábado (29), de acordo com decreto publicado pelo município nesta sexta-feira (28).



As medidas mais restritivas contra a Covid-19, foram anunciadas em entrevista coletiva pela secretária Márcia Huçulak, e valem até 9 de junho. Veja, mais abaixo, como fica o funcionamento de todos os serviços.







Entre as principais mudanças, a prefeitura suspendeu o atendimento presencial de atividades não essenciais. O toque de recolher vale entre 21h e 5h.

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Em coletiva de imprensa, Márcia Huçulak destacou a preocupação em abaixar a curva de casos na cidade e da lotação nos leitos da rede pública de saúde. Ela pediu apoio da população para o controle da pandemia.



"O primeiro pedido que a gente faz para a sociedade: ’é a ultima remadinha’. Vamos todos fazer o esforço conjunto da sociedade para abaixar essa curva. Estamos vacinando. É a última onda de Covid-19, e a gente vai avançar na vacinação", disse a secretária.



Márcia disse que, nesta sexta-feira, o vice-prefeito da capital, Eduardo Pimentel, se reuniu com os representantes das cidades da Região Metropolitana da capital para tratar de medidas conjuntas diante da bandeira vermelha de Curitiba.







"Nós fomos muito mais efetivos no decreto quando a região metropolitana veio com a gente. As vezes, aqui está fechado e as pessoas vão para a região metropolitana", comentou a secretária.



Com o retorno à bandeira vermelha, o município também anunciou que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba passarão a funcionar como unidades de internamento para pacientes com Covid-19. A mudança começa nesta sexta-feira, pela UPA do Pinheirinho.



Segundo a prefeitura, todas as unidades devem estar funcionando como unidades de internamento até segunda-feira (31).







Cálculo da bandeira



O cálculo que determina a mudança de bandeira depende de nove indicadores. Quatro deles apontam a velocidade do avanço da pandemia, dois calculam a incidência da infecção na população e outros três, com maior peso, dizem respeito à capacidade de atendimento do sistema de saúde da cidade.



Esta é a segunda vez que a capital entra na bandeira vermelha desde o início da pandemia da Covid-19. A primeira ocorreu em 12 de março. O decreto com restrições mais severas foi prorrogado pela prefeitura em 26 de março. As medidas foram afrouxadas em 5 de abril.



Na quinta-feira (27), a prefeitura reuniu de forma online 50 representantes de diversos setores da economia, da área da saúde (pública e privada), além de entidades de classe, políticos e Ministério Público, para discutir a situação da pandemia.







Havia a expectativa de que a bandeira vermelha fosse decretada ainda na quinta, o que não se confirmou. O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns Cunha, que participou da reunião e da coletiva de imprensa desta sexta-feira, classificou o momento como crítico e dramático.



Segundo ele, não apenas no serviço público, mas também no privado, está "cada vez mais difícil" fornecer atendimento adequado.



"Não temos mais recursos humanos. Estamos pior do que estávamos em março. O problema é nosso, é de Curitiba, do Paraná, do Brasil. Talvez seja a pior situação, temos que realmente, como sociedade, juntos, fazer, enquanto tentamos novas alternativas. Neste momento, é muito importante comunicar a sociedade de que o momento é crítico", disse.







Números da Covid-19 em Curitiba



Na quinta, foram confirmados 987 novos casos do novo coronavírus e 25 mortes causadas pela Covid-19 em Curitiba, conforme boletim da prefeitura. Dos novos óbitos, 21 ocorreram nas últimas 48 horas.



Com isso, a capital chegou a 5.323 mortes e 211.557 diagnósticos desde o início da pandemia. O boletim aponta também que há 9.943 casos ativos na cidade - número de pessoas com potencial de transmissão do vírus.



Nesta sexta-feira, a prefeitura informou que o número de casos ativos chegou a cerca de 10 mil casos ativos.







107% de ocupação de leitos de UTI



Dados da prefeitura mostram que Curitiba chegou a 107% de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do SUS para adultos na quinta. Isso significa que vagas para outros tipos de tratamento estão sendo usadas por pacientes da Covid-19.



Na quinta, havia 529 leitos de UTI para adultos em funcionamento na capital, sendo que 14 deles foram abertos no dia. No total, 568 adultos estavam em UTIs por causa da Covid em Curitiba.



Das 726 vagas para adultos e crianças em enfermarias, 717 estavam ocupadas na quinta - ocupação de 99%.

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