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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que sejam tomadas providências contra Jair Bolsonaro. O motivo é a revelação feita por Hamilton Mourão de que recebeu uma ligação do ex-presidente antes de prestar depoimento no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.
Na entrevista ao Metrópoles, Mourão, hoje senador e testemunha de defesa no caso, afirmou que Bolsonaro pediu que ele informasse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que nunca ouviu qualquer conversa sobre golpe. O parlamentar classificou o pedido como genérico, mas o conteúdo da ligação chamou a atenção do líder petista.
Lindbergh argumenta que a atitude de Bolsonaro pode configurar crime de obstrução à justiça. Para o deputado, o telefonema representa uma interferência direta na produção de provas, comprometendo a liberdade e a veracidade do depoimento prestado por Mourão, o que viola normas penais vigentes.
Diante dos fatos, Lindbergh solicita à PGR a abertura de uma investigação criminal contra Bolsonaro e requer medidas cautelares, como a proibição de contato do ex-presidente com testemunhas do caso, direta ou indiretamente, para evitar novas tentativas de manipulação.
O parlamentar também pede que sejam requisitados os registros da ligação entre Bolsonaro e Mourão, incluindo metadados e mensagens trocadas, além de uma nova oitiva do senador, para que detalhe o teor da conversa e esclareça eventuais omissões.
O episódio reforça a gravidade das ações de Bolsonaro, que segue tentando interferir em investigações mesmo após o avanço dos processos contra ele no STF. A pressão por responsabilização cresce no Congresso e na sociedade.
Com informações do Brasil 247
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