Jornal que apoiou golpe em 2016 endurece a crítica, chama Bolsonaro de ´´ensaio de ditador`` e pede impeachment

Portal Plantão Brasil
6/8/2021 09:04

Jornal que apoiou golpe em 2016 endurece a crítica, chama Bolsonaro de ´´ensaio de ditador`` e pede impeachment

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1491 visitas - Fonte: Plantão Brasil/Folha d

O Jornal paulista que apoiou o golpe contra a presidenta Dilma subiu o tom contra Bolsonaro nessa 5a.feira (05/08/2021).



Criticando os ataques insanos do presidente a instituições, principalmente ao TSE e ao STF, mais diretamente aos dois ministros do STF, Barroso e Alexandre de Moraes, o jornal compara Bolsonaro a um ditador, cuja loucura tem um método.







A Folha de São Paulo cita os prejuízos que a insanidade presidencial tem trazido ao Brasil e à vida dos brasileiros. Elogia as reações que têm aumentado o repúdio contra a forma de atuar ou de se omitir do mandatário. Mas não deixa de apontar a séria omissão do procurador da PGR Augusto Aras, bem como a do presidente da Câmara, Arthur Lira, sentado sobre mais de 100 pedidos de impeachment.





Confira o editorial da Folha na íntegra:



Ensaio de ditador



Inação de PGR e Congresso ameaça democracia; urge reagir, até por sobrevivência



Jair Messias Bolsonaro é um presidente contra a Constituição. Comete desvarios em série na sua fuga rumo à tirania e precisa ser parado pela lei que despreza.







Há loucura e há método na sequência de investidas contra a democracia e o sistema eleitoral, ao passo que o país é duramente castigado pela ausência de governo. São demasiadas horas perdidas com mentiras, picuinhas e bravatas enquanto brasileiros adoecem, morrem e empobrecem.



Os danos na saúde, na educação e no meio ambiente, cujos ministérios têm sido ocupados por estafermos, serão sentidos ao longo de gerações.



Os juros sobem e a perspectiva de crescimento cai quando há nada menos que 14,8 milhões de desempregados. A disparada nos preços de energia e comida vitima os mais pobres. Artimanhas para burlar a prudência orçamentária afugentam investidores.



Aqui a insânia encontra o cálculo. Ao protótipo de ditador cujo governo fracassou resta enxovalhar as instituições e ameaçá-las de ruptura pela força.







Mas o uivo autoritário encontrou reação firme de agentes da lei. O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral incluíram o presidente da República em inquéritos, que precisam ir até o fim.



Os presidentes da Câmara e do Senado e o procurador-geral da República, no entanto, não entenderam o jogo. Por ingenuidade ou interesse equivocado, associam-se a uma figura que se pudesse fecharia o Congresso, o Ministério Público e o Supremo.



Falta ao procurador Augusto Aras perceber que a vaga que ambiciona no STF de nada valeria em um regime de exceção; ao deputado Arthur Lira (PP-AL), que a pusilanimidade de hoje não seria recompensada com mais poder em uma ditadura.







A deliberação sobre os pedidos de impeachment torna-se urgente. Da mesma maneira, os achados e conclusões da CPI da Pandemia devem desencadear a responsabilização do presidente. À Procuradoria cumpre exercer a sua prerrogativa de acionar criminalmente o chefe do governo.



A inação de Aras e Lira põe em risco a democracia; é preciso reagir, até pela própria sobrevivência.



...

*Por Aurea Julio



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