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Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (24), o empresário Emanuel Catori, sócio da Belcher Farmacêutica, disse que nunca teve relação próxima com os empresários bolsonaristas Luciano Hang, dono da Havan e Carlos Wizard, empresário apontado como um dos gestores do “gabinete paralelo” de aconselhamento a Bolsonaro no enfrentamento da pandemia. Segundo o depoente, o contato que teve com os empresários foi única e exclusivamente para tratativas de doação de doses da Coronavac.
"Os contatos com Luciano Hang, Wizard e Allan Eccel (sobrinho de Hang) foram exclusivamente tratativas para doação de doses da Coronavc prontas. Não há qualquer relação da Convidecia com os empresários. Da mesma forma, não houve interferência dos empresários com a interface institucional da Belcher com o Ministério da Saúde”, defendeu o empresário.
Hang, Wizard e Eccel eram os líderes do grupo de empresários que queria comprar nove milhões de doses da vacina chinesa Coronavac, que segundo Catori seriam destinadas exclusivamente a doação, mas a negociação esbarrou no acordo de exclusividade entre a fabricante chinesa Sinovac e o Instituto Butantan.
A Belcher, que se apresentava-se como como representante do laboratório chinês Cansino, fabricante da vacina Convidecia, durante as negociações com o governo brasileiro, teria se reunido em maio com o Ministério da Saúde e a Anvisa, para a venda de 60 milhões de doses.
Segundo Catori, a Belcher foi representante legal da Cansino no Brasil de 19 de abril a 10 de junho de 2021, mas ele negou que a empresa tenha sido a intermediária ou facilitadora da vacina Convidecia no Brasil.
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