1074 visitas - Fonte: Carta Capital
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse nesta terça-feira 31 que o líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), “é o comandante de um dos maiores esquemas de roubalheira que assaltaram o Ministério da Saúde”.
No dia 18 de agosto, Barros foi incluído no rol de investigados da comissão. Segundo Calheiros, a decisão foi tomada “em função dos óbvios indícios da sua participação na rede criminosa que tentava vender vacinas através dos atravessadores, comprometendo muitas vezes setores da sua própria família, e fazendo com que o País perdesse oportunidade de comprar vacina na hora certa”.
Ricardo Barros entrou na mira da CPI após o deputado Luis Miranda (DEM-DF) revelar, em depoimento aos senadores, que o presidente Jair Bolsonaro mencionou o nome de seu líder na Câmara ao ser informado de possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin.
“Nós estamos avaliando que o deputado Ricardo Barros é o comandante de um dos maiores esquemas de roubalheira que assaltou, entre outros órgãos públicos, o Ministério da Saúde. Isso está tudo evidentemente comprovado. Agora pelo FIB Bank, pela sua relação com o Roberto Ferreira Dias, pela maneira com que eles roubavam, publicavam arquitetura do próprio roubo. Isso é uma coisa inédita na própria história da corrupção”, afirmou Renan nesta terça.
Segundo o relator, Barros exerce um “papel lamentável” na vida nacional e “precisa ser exemplarmente punido por tudo isso”.
Em nota divulgada após a declaração de Renan, Barros declarou que o relator e a CPI “não têm nada contra mim e não terão”.
“Minha conduta é ilibada. Entendo o desespero de não terem concretude nas suas acusações. Só querem atacar o governo do qual sou líder. Enganar o STF não resolve a falta de consistência da CPI. Só causam danos ao Brasil”, completou o líder do governo.
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