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Um grupo internacional de economistas publicou uma carta em defesa da relatora da ONU, Francesca Albanese, elogiando seu relatório “Da economia de ocupação à economia de genocídio”, que denuncia o envolvimento de grandes corporações, principalmente do setor de tecnologia, no apartheid e no genocídio cometidos por Israel contra o povo palestino. O documento revela como essas empresas colaboram com a repressão violenta nos territórios ocupados.
Segundo os economistas, o relatório é essencial para compreender a engrenagem econômica por trás da ocupação e da limpeza étnica em curso. Eles denunciam a pressão dos governos de Israel e dos Estados Unidos para descredibilizar o trabalho da relatora, além do silêncio cúmplice da maioria dos países europeus. Para os signatários, essa estratégia de intimidação já é bem conhecida nos crimes coloniais e serve para esconder o papel central das multinacionais na sustentação do regime de apartheid israelense.
Um dos pontos mais graves revelados é o uso dos territórios palestinos como campo de testes para as Big Techs. Empresas como Microsoft, Amazon, Google (Alphabet) e Palantir estariam testando tecnologias de reconhecimento facial, algoritmos de seleção de alvos e automação de execuções. Israel teria fornecido acesso inédito aos dados biométricos da população palestina, usados em tempo real por empresas como a IBM. A ironia dos economistas é direta: “As Big Techs não poderiam estar mais felizes!”.
A investigação também detalha como essas empresas lucram com contratos bilionários com o governo israelense. Um deles, o Projeto Nimbus, de US$ 1,2 bilhão, é citado como exemplo de como a infraestrutura digital foi incorporada às ações militares. Um coronel israelense chegou a afirmar que a nuvem tecnológica fornecida pelas empresas é “uma arma em todos os sentidos da palavra”, tamanha a integração dos sistemas com as operações de repressão e controle populacional.
Além das empresas, universidades dos Estados Unidos e da Europa também são acusadas de cumplicidade. Instituições renomadas como o MIT, a Universidade Técnica de Munique e a Universidade de Edimburgo mantêm acordos milionários com o governo israelense e as big techs. Algumas, inclusive, recebem financiamento direto do Ministério da Defesa de Israel para pesquisas em armamentos, drones e vigilância em massa.
A carta termina com um apelo direto aos povos da Europa e das Américas: é hora de expor a responsabilidade das universidades e corporações que lucram com o sofrimento palestino. Diante da brutalidade do genocídio em curso, os economistas reforçam que é dever das pessoas de consciência se posicionar. O silêncio, nesse caso, também mata.
Com informações da Fórum
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