Sem-teto ocupam CDHU e secretaria municipal para exigir negociações

Portal Plantão Brasil
10/9/2014 13:42

Sem-teto ocupam CDHU e secretaria municipal para exigir negociações

Famílias se dizem cansadas de esperar andamento das negociações e só sairão da companhia e da Secretaria Municipal de Habitação se tiverem respostas definitivas

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806 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual

Aproximadamente 600 moradores da ocupação Jardim da União, no bairro do Mangue Seco, zona sul da capital, organizada pela Rede de Comunidades do Extremo Sul de São Paulo, ocupam neste momento as sedes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), ambas no centro da cidade. Segundo a coordenadora da Rede, Carolina Catini, os sem teto estão cansados de fazer reuniões e não verem encaminhadas as demandas de moradia solicitadas ao longo de quase um ano de ocupação da área.



Cinco manifestantes estão acorrentados na Sehab, acompanhados por um grupo de 200 pessoas. Na CDHU, as famílias chegaram com fogão, alimentos e cama. E prometem "morar" ali se nada for resolvido. Tanto a secretaria municipal, quanto a companhia estatal não informaram se vão atender as demandas dos sem-teto.



O movimento promete realizar uma terceira ação no meio da tarde, caso não haja perspectiva de negociação. O grupo quer definições sobre o plano apresentado e prazos definitivos para realizações.



A área ocupada pertence a CDHU e estava desocupada há cerca de dez anos afirmam os moradores. Cerca de 850 vivem no local desde 12 de outubro do ano passado, mas estão há mais tempo na luta, pois são remanescentes de outra ocupação, no Jardim Itajaí, também na zona sul da cidade, iniciada em junho de 2013.



No fim de maio, os moradores foram notificados de que a Justiça concedera a reintegração de posse à CDHU. Após mobilização dos moradores, com ocupação da companhia no dia 2 de junho, foi garantida a suspensão do despejo até 2 de dezembro, prazo que seria utilizado para negociações sobre a contemplação das famílias em programas habitacionais – com uma divisão entre estado, município e ocupantes – e destinação de parte delas, que não tem para onde ir, para outro terreno.



“Passados três meses e três reuniões, nada aconteceu. Apresentamos uma proposta de ocupação do terreno com moradias, contemplando a divisão definida entre acampados e demandas estadual e municipal, mas não tivemos retorno”, explica Carol.



A militante disse, ainda, que, nas duas primeiras reuniões, com técnicos da CDHU, da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) as negociações caminharam. “Mas, na terceira, zerou tudo. Voltamos ao começo”, protestou.



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