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Começou há pouco a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras convocada para ouvir o depoimento do empresário Augusto Mendonça Neto, presidente da Setal Engenharia e Executivo da Toyo Setal Empreendimentos, empresas acusadas de formação de cartel e pagamento de propina em contratos com a Petrobras.
O depoimento ainda não começou. Neste momento, os parlamentares estão discutindo assuntos administrativos.
Mendonça disse, em depoimentos à Polícia Federal, que pagou entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque entre 2008 e 2011. Ele disse que este dinheiro era destinado ao PT e parte da propina era paga por meio de doações oficiais ao partido.
Em acordo de delação premiada com o Ministério Público e a Justiça Federal, ele afirmou ainda que pagou propina a outro ex-diretor da Petrobras: Paulo Roberto Costa. Esse dinheiro que tinha como destino o PP – por meio do ex-deputado José Janene e do doleiro Alberto Youssef.
De acordo com o empresário, a Setal pagava propina de 1% sobre o valor do contrato para a Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, e outros 2% para a Diretoria de Engenharia e Serviços, ocupada por Renato Duque.
Empresas suspeitas
Nos depoimentos, Mendonça disse que as empresas do grupo (Setec, Projetec, Setal Óleo e Gás - SOG e PEM Engenharia) receberam R$ 117 milhões das obras de duas refinarias da Petrobras: Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), e de Paulínia (Replan), em São Paulo.
Ele afirmou que também houve pagamentos de propinas em outras obras: terminal de Cabiúnas 2, Cabiúnas 3 (em Macaé-RJ), e Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP).
A Setal formalizou acordo de leniência com a Controladoria Geral da União para diminuir as penas administrativas decorrentes da prática de formação de cartel e se comprometeu a fornecer informações sobre as demais empresas que atuavam na Petrobras.
O sócio de Mendonça, Júlio Camargo, também prestou depoimentos em processo de delação premiada e repetiu as acusações feitas pelo presidente da Setal.
O PT nega o recebimento de propina de empresas contratadas pela Petrobras e afirma que as doações foram feitas oficialmente e registradas na Justiça Eleitoral.
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