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O empresário Augusto Mendonça Neto, executivo da Setal Engenharia, uma das empresas investigadas pela Operação Lava Jato, afirmou à CPI da Petrobras que a propina paga a diretores da estatal saía da margem de lucro das empresas e não de superfaturamento das obras.
Essa afirmação confirma depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa feito à Justiça Federal em processo de delação premiada.
Segundo Mendonça, a Comissão de Licitação da Petrobras recebia ao mesmo tempo as propostas das empresas interessadas em determinado contrato e a avaliação de custo feita pela própria estatal. "Tinha um setor da Petrobras encarregado de estimar os custos e isso era muito bem feito, como fariam as melhores empresas de engenharia", disse.
Mendonça disse que havia uma faixa de preços que as empresas podiam apresentar para ter a chance de ser contratadas. A proposta das empresas tinha que estar na faixa entre 15% abaixo e 20% acima do custo de referência apresentado pela própria Petrobras.
"Não havia como ter superfaturamento", disse, ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).
O empresário disse que os dois diretores da estatal acusados de receber propinas, Paulo Roberto Costa e Renato Duque, trabalhavam em conjunto. "Eles não poderiam ter feito o que fizeram sem trabalhar em conjunto", disse.
Em depoimento de delação premiada à Justiça Federal, ele disse que sua empresa pagava propina de 1% sobre o valor do contrato para a Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, e outros 2% para a Diretoria de Engenharia e Serviços, ocupada por Renato Duque.
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