MINISTRA DIZ QUE O GOVERNO NÃO TEM FORÇA PARA REVER LEI DE ANISTIA

Portal Plantão Brasil
29/4/2015 10:51

MINISTRA DIZ QUE O GOVERNO NÃO TEM FORÇA PARA REVER LEI DE ANISTIA

Eleonora Menicucci foi cobrada por parentes de vítimas da ditadura pela abertura dos arquivos da época e pela punição aos militares que torturam opositores

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Ministra Eleonora Menicucci

Foto: Agência Brasil



Rio - No velório da amiga e ex-companheira de militância política Inês Etienne Romeu, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, foi cobrada por parentes de vítimas da ditadura pela abertura dos arquivos da época e pela punição aos militares que torturam opositores durante a ditadura. A ministra, porém, também fez um desabafo.



"Não é porque tem uma ex-guerrilheira ministra, como eu, e outra na presidência (Dilma) que nós temos a força necessária para abrir os arquivos ou para rever a Lei de Anistia. Mas não duvidem da nossa vontade”, discursou Eleonora, com as mãos sobre o caixão de Inês. Ela veio de Brasília para o funeral representando a presidenta Dilma, que também enviou uma coroa de flores.



O corpo de Inês Etienne Romeu foi cremado ontem em Niterói. Ela morreu na madrugada de segunda-feira após um infarto agudo do miocárdio. Historiadora, Inês tinha 72 anos e foi dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) nos anos 1970. Ela teve a vida marcada pelos 96 dias nos quais ficou presa na “Casa da Morte”, em Petrópolis. Ela foi a única presa a sair com vida do local e denunciou a existência do cárcere clandestino em 1981, dois anos depois de deixar o presídio de Bangu.



Mineira como Inês, a ministra também foi presa e torturada durante a ditadura militar. Ela dividiu a mesma cela que a presidente Dilma Rousseff no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Emocionada, Eleonora lembrou a resistência de Inês frente aos suplícios que aguentou na Casada Morte. “Ela deu o troco aos torturadores e foi (embora) quando quis”, completou.



No velório estiveram presentes ainda integrantes da Comissão da Verdade do Rio e do grupo Tortura Nunca Mais RJ, além de familiares de outras vítimas da ditadura.



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