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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer o controle das investigações dos políticos descobertos na Operação Lava Jato. Para isso, ele pede ao Supremo Tribunal Federal a confirmação de que cabe ao Ministério Público coordenar a Polícia Federal nesse caso.
O texto do procurador pede que "seja determinado à autoridade policial que somente execute as inquirições pendentes mediante prévio ajuste com o procurador-geral sobre tempo, local e configuração dos respectivos atos".
Janot quer que PF seja obrigada a lhe prestar contas
Por Márcio Falcão e Gabriel Mascarenhas
Da Folha de S. Paulo
Órgãos rivalizam por controle de investigação
Em parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aumentou a pressão para que a corte confirme que cabe ao Ministério Público o controle das investigações de políticos no esquema de corrupção na Petrobras.
Janot pediu ao ministro-relator do caso, Teori Zavascki, que obrigue a Polícia Federal a informar semanalmente à Procuradoria "qualquer acréscimo aos autos do inquérito".
Segundo ele, o relatório permitiria "o acompanhamento pari passu da investigação" e evitaria prorrogações de prazos.
O texto solicita ainda que "seja determinado à autoridade policial que somente execute as inquirições pendentes mediante prévio ajuste com o procurador-geral sobre tempo, local e configuração dos respectivos atos".
A medida contraria a da PF, que defende maior autonomia para os delegados nas investigações. A disputa provocou uma crise com o Ministério Público e já levou à suspensão de depoimentos.
Janot pediu ainda mais 60 dias para a apuração de alguns casos --foram solicitadas prorrogações de 19 dos 26 inquéritos contra políticos. Os pedidos serão analisados nos próximos dias por Teori.
Ministério Público e PF travam guerra em relação a competências e atribuições nas investigações. Na Lava Jato, policiais reclamam de a Procuradoria autorizar, por exemplo, que suspeitos escolham onde serão interrogados.
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