POR QUE A CHINA É UM PARCEIRO MELHOR QUE OS EUA. POR PAULO NOGUEIRA

Portal Plantão Brasil
22/5/2015 17:54

POR QUE A CHINA É UM PARCEIRO MELHOR QUE OS EUA. POR PAULO NOGUEIRA

0 0 0 0

660 visitas - Fonte: DCM

Dilma e o primeiro-ministro Li Keqiang no Palácio do Planalto



Você quer luzes sobre o significado da China como grande parceira, e não as sombras que encontra na cobertura das corporações de mídia?



O mundialmente aclamado livro “Winner Take All” (O Vencedor fica com Tudo), da economista zambiana Dambisa Moyo, é um ótimo caminho.



(A editora Objetiva adquiriu os direitos. Se não lançou ainda, deveria.)



Li o livro em 2012, quando foi lançado, e reli agora por conta dos novos investimentos da China no Brasil.



Numa linguagem simples, jornalística, Dambisa dá ao leitor aquilo de que ele precisa.



Mostra, em primeiro lugar, a lógica da estratégia chinesa. Quando e por que a China se lançou vorazmente à compra de recursos mundo afora, sobretudo nos países mais pobres.



E conta também como os países em que a China mais investiu inicialmente, na África, enxergam, passados anos, o papel chinês.



Pesquisas feitas por respeitados institutos como o americano Pew demonstram que os africanos gostam dos parceiros chineses.



Veem neles um sócio melhor e mais confiável do que os americanos.



Os chineses desenvolvem parcerias que Dambisa qualifica de “simbióticas”. É o tipo de sociedade em que as duas partes precisam muito uma da outra.



Para a China, é vital se abastecer de recursos naturais que tendem a ser perigosamente escassos no futuro.



E para os países que oferecem tais recursos à China falta dinheiro para explorar adequadamente suas riquezas.



Ganha um, ganha o outro, ganham todos.



Adicionalmente, a China investe na infraestrutura dos países dos quais compra recursos minerais, para facilitar o escoamento da mercadoria.



É exatamente isso que se viu, agora, nos acordos fechados com o Brasil.



Dambisa sublinha bem a diferença entre o estilo chinês e o estilo ocidental de colocar dinheiro em nações em desenvolvimento.



Os ocidentais se intrometem e impõem condições muitas vezes terríveis. (Os brasileiros têm memória das exigências do FMI, por exemplo.)



A China, não. Tudo que ela deseja está estampado nos negócios que fecha. A política fica inteiramente de fora: cada sócio que cuide de suas coisas.



Nos países africanos, a China foi adiante como sócia. Para ganhar corações e mentes, perdoou dívidas (o que o Brasil também fez, sob críticas ferozes dos conservadores) e construiu na África escolas, hospitais e coisas do gênero.



Este, enfim, é o jeito chinês de se relacionar com o mundo.



“Os chineses aparentemente aprenderam com os erros ocidentais e dão a seus anfitriões exatamente aquilo que eles querem – dinheiro, estradas, ferrovias – em troca de acesso a recursos naturais”, escreveu Dambisa em seu livro. “Todos os envolvidos triunfam.”



Por tudo isso, é muito bom ver o Brasil fechar negócios bilionários com a China – a despeito das vociferações dos desinformados ou mal-intencionados.



E muito bom não para Dilma ou o PT apenas — mas para o Brasil.



APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.



O Plantão Brasil é um site independente. Se você quer ajudar na luta contra o golpismo e por um Brasil melhor, compartilhe com seus amigos e em grupos de Facebook e WhatsApp. Quanto mais gente tiver acesso às informações, menos poder terá a manipulação da mídia golpista.


Últimas notícias

Notícias do Flamengo Notícias do Corinthians