PRÓXIMA FASE DA LAVA JATO MIRA CONTRATOS DO PRÉ-SAL

Portal Plantão Brasil
23/5/2015 23:45

PRÓXIMA FASE DA LAVA JATO MIRA CONTRATOS DO PRÉ-SAL

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465 visitas - Fonte: Brasil 247

Após investigar políticos ligados ao esquema de corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras, a Operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro, agora, vai focar nos contratos referentes ao pré-sal; a força-­tarefa responsável pela investigação acredita já ter indícios para tentar comprovar que o esquema de desvios nos contratos de construção de refinarias foi também reproduzido no mercado do pré­-sal; são obras de plataformas, construção e locação de navios e sondas de perfuração para exploração de petróleo­; no foco atual dos procuradores e delegados da Polícia Federal estão contratos da Sete Brasil,­ empresa criada pela Petrobras em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos, liderados pelo BTG Pactual, com cinco estaleiros para construção de 29 sondas de exploração no fundo do mar; os contratos somam US$ 25,5 bilhões em obras



Após investigar os políticos ligados ao esquema de corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras, em sua 11ª fase, a Operação Lava Jato, agora, vai investigar os contratos referentes ao pré-sal. A força-­tarefa responsável pela investigação da corrupção acredita já ter reunido indícios para tentar comprovar que o esquema de desvios nos contratos de construção de refinarias foi também reproduzido no mercado do pré­sal.



São obras de plataformas, construção e locação de navios e sondas de perfuração para exploração de petróleo,­ a maior parte deles vigente­ que envolvem volume de investimentos público e privado superior aos projetos até agora sob escopo da operação, conforme publicação do jornal O Estado de São Paulo.



No foco atual dos procuradores e delegados da Polícia Federal estão contratos da Sete Brasil,­ empresa criada pela Petrobras em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos ­ com cinco estaleiros para construção de 29 sondas de exploração no fundo do mar. Os contratos somam US$ 25,5 bilhões em obras.



As empresas que compõem os consórcios para construção dos estaleiros são praticamente apenas as mesmas já suspeitas de formar cartel e pagar propinas nos contratos das refinarias.



O estaleiro Atlântico Sul, controlado pela Camargo Corrêa, pela Queiroz Galvão e por investidores japoneses, é responsável pela construção de sete sondas. O estaleiro Brasfels, do grupo estrangeiro Kepell Fels, de Cingapura, é responsável por seis sondas. O estaleiro Jurong, controlado pelo grupo estrangeiro SembCorp Marine, também de Cingapura, é responsável por outras sete sondas. O estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Bahia, controlado por Odebrecht, OAS, UTC e o grupo japonês Kawasaki, é responsável por mais seis sondas. Por fim, o estaleiro Rio Grande, controlado pela Engevix, é responsável pela construção de três sondas.



O empresário Milton Pascowitch, preso na semana passada sob suspeita de operar propinas para o PT, fez pagamentos à consultoria do ex­-inistro da Casa Civil condenado no 'mensalão', José Dirceu. Pascowitch atuava para o estaleiro Rio Grande, da Engevix. Sua prisão já é resultado do aprofundamento das investigações em relação aos contratos do pré­sal.



As ações penais referentes às obras de construção de refinarias já apresentadas pela força­tarefa da Lava Jato trazem o seguinte roteiro: as empreiteiras se reuniam num cartel para dividir os contratos? pagavam propina que variava de 1% a 3% a operadores por meio de contratos fictícios de consultoria? esses operadores distribuíam o dinheiro entre ex­-diretores da Petrobras - três deles já presos, Renato Duque, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa ­- e partidos políticos, sobretudo PT, PMDB e PP, conforme O Estado.



De acordo com as investigações, o esquema de desvios se concentrou entre os anos de 2004 e 2012. A Petrobras admite -­ e já registrou em balanço - prejuízo de R$ 6 bilhões com propinas nas obras de refinarias, entre elas a Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Getúlio Vargas,

no Paraná.



Nos contratos do pré-­sal, os procuradores e delegados da Polícia Federal esbarraram num modelo bem parecido: a suspeita é de que as empresas que compõem os estaleiros se acertaram em cartel, pagaram propina de 0,9% a 1% do valor dos contratos por meio de operadores que detêm consultorias de fachada e, no fim, o dinheiro foi parar nas mãos de políticos.



Em razão de o setor do pré-­sal estar ligado às Diretorias de internacional, Serviços e de Exploração e Produção, as suspeitas recaem novamente sobre PT e PMDB, que apadrinhavam os diretores dessas três áreas.



O esquema de propina nos contratos de construção de sondas teria durado de 2011 a 2014. "Sobre o valor de cada contrato firmado entre a Sete Brasil e os estaleiros, deveria ser distribuído o porcentual de 1%, posteriormente reduzido para 0,9%", revelou o ex­-diretor de Operações da Sete Brasil e ex-­gerente da Petrobras Pedro Barusco, em sua delação premiada assinada com a Operação Lava Jato.



"Até o fim de 2014 temos elementos para apontar que o esquema de corrupção na Petrobrás e de cartel continuou existindo", afirma o

procurador da República Deltan Dallagnol, um dos coordenadores da força­-tarefa.



Ex-­diretores



A partir das investigações do pré­-sal, aparecem três novos nomes de ex­-diretores da Petrobras contra os quais ainda não há acusação formal: Jorge Zelada (ex-­diretor de Internacional), Roberto Gonçalves (que foi das áreas de Serviços e também de Internacional) e Guilherme Estrella, ex-­diretor de Exploração e Produção.



Os dois primeiros foram apontados como recebedores de propina por Barusco. Contra Zelada, pesa ainda a descoberta de R$ 11 milhões que foram bloqueados em um banco em Mônaco. Quanto a Estrella, houve pagamentos de propina em sua área -­ Exploração e Produção, mas não há qualquer apontamento de que ele teria recebido dinheiro desviado.



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