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Atualizado às 14h
“Nas vésperas da estreia de "Salve Jorge", da Rede Globo, uma série de reportagens do Fantástico aproximou o enredo da nova novela - que tratava de tráfico de pessoas - da vida real. Era a história de uma quadrilha de mães paulistas que foram a Monte Santo, na Bahia, e, supostamente mancomunadas com um juiz local, tiraram cinco crianças de uma única família para dá-las à adoção.
O JornalGGN começa, hoje, a contar a verdadeira história das crianças de Monte Santo, cujo processo de adoção foi transformado em um espetáculo que tornou seus protagonistas -- famílias em busca de crianças carentes, facilitadores de adoção, juízes e conselhos tutelares -- em integrantes de uma quadrilha de tráfico de crianças.
Tirando o espetáculo e consideradas as provas pacientemente colhidas pelos acusados, sobram pessoas que tiveram as suas vidas invadidas e crianças transformadas em joguetes”.
Assim começava a série que o Jornal GGN lançou, em 6 de maio de 2013. Para estimular uma novela, foi montada uma das maiores farsas da história .com..comcom.comda mídia brasileira, criminalizado o instituto da adoção e, principalmente, jogado fora o destino de cinco crianças.
Um juiz sério foi tratado como criminoso. Um juiz polêmico – que, inclusive, terminou afastado de suas funções pelo Tribunal de Justiça da Bahia – transformado em herói contra o crime.
A politização da Secretaria de Direitos Humanos, nas mãos de uma Ministra despreparada, Maria do Rosário, transformou o sagrado instituto da adoção em uma forma de exploração capitalista, na qual os pais adotivos se atiram como aves der rapina contra o último bem do pobre: seus filhos.
Leia mais: Maria do Rosário e Fantástico ocultaram conclusões da CPI
Em nenhum momento se pensou nas crianças. Elas se transformaram em simples joguetes para que ONGs ligadas a partidos tentassem avançar sobre os conselhos tutelares, a Ministra pudesse se promover no Fantástico e o Fantástico e o Jornal Nacional pudessem promover sua novela.
Uma senhora caridosa, digna, mãe de crianças adotadas, preocupada em encaminhar outras crianças para adoção foi tratada como traficante. E esse show de horrores não parou por aí. Investiu contra uma juíza séria, responsável por um trabalho exemplar em Santa Catarina. Apenas porque o show não podia parar.
As crianças foram tiradas a toque de polícia das famílias que as acolheram e jogadas no inferno de um lar desfeito. Para impedir que o crime continuasse sendo denunciado, a Globo pagou as despesas da família durante algum tempo, retirando-a da cidade de Monte Santo. Durante o episódio, o repórter da Globo foi flagrado dando dinheiro para o pai biológico, um marginal com ampla ficha policial apresentado pelo Fantástico como homem trabalhador e honesto querendo o bem dos filhos.
Passado o show, encerrada a novela, tem-se o drama da vida real: crianças abandonadas, sem futuro. E uma mãe biológica arrependida de ter aceito o suborno de uma estação de TV mancomunada com o poder público.
Ontem foi o Dia Nacional de Adoção. E o Jornal do SBT foi atrás das crianças.
Com o devido perdão aos leitores pelo desabafo: que os autores desse crime sejam amaldiçoados, que sofram na pele o que sofreram essas crianças e as famílias que as acolheram.
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