Bilionário bolsonarista , Carlos Wizard, pede habeas Corpus ao STF para não depor à CPI

Portal Plantão Brasil
16/6/2021 17:21

Bilionário bolsonarista , Carlos Wizard, pede habeas Corpus ao STF para não depor à CPI

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994 visitas - Fonte: UOL

O empresário Carlos Wizard entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal), ontem à noite, para ser dispensado de comparecer à CPI da Covid. Com depoimento à comissão marcado para amanhã, Wizard afirmou ao Supremo que está nos Estados Unidos e, por essa razão, pede que a audiência ocorra por videoconferência. A decisão está nas mãos do ministro Luís Roberto Barroso.







Wizard é apontado como membro do chamado gabinete paralelo, que teria aconselhado o governo, à margem do Ministério da Saúde, em defesa do uso de remédios sem eficácia comprovada contra a Covid e de teorias como a da imunidade de rebanho. O empresário foi convocado pela comissão no dia 26 de maio a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).



A defesa do empresário afirma que ele foi aos Estados Unidos no dia 30 de março, para acompanhar o tratamento médico de um parente, e pediu à CPI para falar à comissão por meio virtual. Mas o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente do colegiado, negou o pedido, alegando que a audiência remota abre brecha para que Wizard leia as próprias respostas e se ausente do depoimento quando quiser, "situação que vai de encontro ao dever jurídico de a testemunha dizer e de não calar a verdade".







Ao STF, os advogados de Wizard pedem que ele possa falar à comissão por videoconferência e que o empresário tenha, antes do depoimento, acesso a todos os documentos que envolvam seu nome na CPI. A defesa requer ainda que Wizard, caso escolha comparecer à CPI, tenha o direito de ficar em silêncio quando achar conveniente.



O ministro Barroso, que julgará o caso, tomou uma decisão a favor dos investigados pela CPI no último dia 14. Ele suspendeu a quebra de sigilos telefônico e telemático de Flávio Werneck, assessor de relações internacionais do Ministério da Saúde, e Camile Sachetti, diretora do departamento de Ciência e Tecnologia da pasta.







Sigilos quebrados



O Supremo manteve hoje, por decisão da ministra Rosa Weber, a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Wizard, determinada pela CPI no dia 6 de junho. No Senado, a comissão aprovou também a quebra dos sigilos fiscal e bancário do empresário, devido à suspeita de que ele teria financiado o gabinete paralelo.



"Mais do que um mero conselheiro do ex-Ministro Pazuello, o Sr. Wizard também defendeu publicamente o tratamento precoce contra o coronavírus e se posicionou contrariamente a medidas de confinamento, havendo indícios de que tenha mobilizado recursos financeiros para fortalecer a aceitação das medidas que o Presidente da República julgava adequadas, mesmo sem qualquer comprovação científica", escreveu o senador Alessandro Vieira em sua justificativa em favor da quebra dos sigilos de Wizard.



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