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O ex-prefeito e candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que o Partido dos Trabalhadores "acertou a mão" ao apostar em um "arco de alianças" visando vencer a resistência de parte do eleitorado paulista a um eventual governo petista. “Vamos oxigenar essa máquina depois de 28 anos”, disse Haddad durante sabatina promovida nesta quarta-feira (17) pelos jornais O Globo, Valor e a Rádio CBN.
"O PT teve uma dificuldade programática de dialogar com todo o estado, principalmente por (já) conversar com as cidades já governadas pelo partido. Mas faltava um discurso mais abrangente", disse Haddad. “É uma engenharia política complexa, exigindo esforço e paciência", ressaltou.
“No primeiro turno nós temos que demarcar o que diferencia nossa proposta do atual governo. Vamos demarcar o que nos diferencia”, completou em referência a gestão do atual governador e candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB).
Haddad disse, ainda, que não pretende privatizar a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “Eu não vou privatizar a Sabesp. A Sabesp vai se manter pública e de capital aberto, porque eu consigo fazer tudo o que preciso na Sabesp com capital aberto. Eu posso pegar empréstimo, eu posso emitir ações e debêntures, eu posso fazer parceria público e privada. Posso fazer tudo com a Sabesp do jeito que ela está organizada. Eu não preciso vender o controle da Sabesp e não vou vender”.
“Não há hipótese do sujeito tomar um susto na conta de água como tomou na conta de energia quando a energia foi privatizada”, emendou em seguida.
Durante a sabatina, o petista também rebateu as declarações do candidato bolsonarista Tarcísio Freitas (Republicanos), que afirmou ser contrário ao uso de câmeras acopladas nas fardas dos policiais militares por considerar que o equipamento é um “voto de desconfiança” sobre a atuação dos profissionais da área de segurança pública.
"Tudo que salva vidas é importante. Vou manter e expandir o uso das câmeras. Não vejo constrangimento para os policiais militares, inclusive está salvando a vida de policiais. A câmera não constrange, salva vidas", disse Haddad.
Ele também afirmou que, se eleito, irá criar um plano de metas para reduzir a criminalidade no estado de São Paulo. “Não adianta pedir para contratar investigador sem botar na mesa um plano de metas”, destacou. “Vou criar um sistema de metas e vou atrelar a redução da criminalidade”, completou.
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