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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse hoje (8) que o decreto que flexibilizou as regras para a compra e porte de armas no país, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), não faz parte de uma estratégia de combate à criminalidade. "Não tem a ver com a segurança pública. Foi uma decisão tomada pelo presidente em atendimento ao resultado das eleições", afirmou o ministro. Questionado sobre se assinou o decreto sem concordar com ele, Moro não entrou em detalhes, mas disse que é normal haver divergências dentro do governo. "Eventuais divergências são tratadas no âmbito do governo. Isso é normal", afirmou.
Ontem (7), Jair Bolsonaro assinou um decreto que mudou as regras para a compra e porte de armas no Brasil. O decreto alterou dispositivos do Estatuto do Desarmamento e permitiu que categorias distintas como jornalistas, políticos e conselheiros tutelares possam ter o direito de portar armas. O decreto também tira da Polícia Federal a atribuição de autorizar o porte.
A crítica dos deputados da oposição foi de que o eventual aumento do número de armas em circulação poderia levar a um aumento na quantidade de crimes.
"A última pesquisa Ibope mostra que 61% da população é contra armar o povo para se defender. O senhor assinou o decreto. O senhor é o segundo a assinar. O Brasil agora vai virar um faroeste? Por que? O seu ministério não tem uma proposta para a segurança pública e joga nas costas da população a responsabilidade de se proteger", afirmou a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC).
Ao responder à parlamentar, Moro disse que o decreto não significa que o governo está delegando a responsabilidade da segurança pública ao cidadão.
"(O decreto) não tem a ver com a segurança pública. Foi uma decisão tomada pelo presidente em atendimento ao resultado das eleições e existe toda uma pretensão de várias pessoas que entendem que tem um direito e isso está sendo preservado. Mas isso não significa a delegação (da segurança pública) ao cidadão privado tanto que estamos trabalhando firmes para debelar esses problemas", afirmou Moro.
Indagado pela deputada se concordava com o decreto, Moro evitou dizer se concordava ou não com a medida tomada pelo presidente.
OPINIÃO THIAGO DOS REIS: Todo mundo sabe que a criminalidade vai AUMENTAR com essa medida. Primeiramente o número de assassinatos por motivos ridículos como discussão de trânsito, por exemplo, vai aumentar. Mas o objetivo principal da liberação é armar legalmente as milicias de direita, que já cometem vários crimes. Com apoio de policiais corruptos, as milícias terão mais poder do que nunca. Tudo sob a guarda do presidente.
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