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"Se ele quiser nos visitar, estou à disposição. Está convidado, se quiser visitar o Brasil, será motivo de satisfação", afirmou Bolsonaro ao chegar ao Palácio da Alvorada no início da noite desta quarta-feira (11).
Bolsonaro foi a obrigado a admitir uma realidade incontornável: "Temos a questão do gás, do trigo, o maior comércio da América do Sul é com a Argentina e interessa para nós dois", disse, sobre os laços com o país vizinho.
Ao mesmo tempo deixou no ar uma crítica pela posição argentina sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O ocupante do Palácio do Planalto disse esperar que o novo presidente argentino mude de ideia sobre declarações do passado, como a de rever o acordo do Mercosul com a União Europeia.
Bolsonaro é aliado do ex-presidente da Argentina Maurício Macri, derrotado nas urnas por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, que por sua vez são aliados das forças progressistas brasileiras e defenderam publicamente a liberdade do ex-presidente Lula.
Bolsonaro violou as tradições da diplomacia brasileira, não telefonou para cumprimentar Fernández por sua vitória eleitoral e decidiu não ir à sua posse. Ele chegou a cogitar deixar o Brasil sem representante na cerimônia, realizada na terça, mas decidiu de última hora enviar seu vice, o general Hamilton Mourão.
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