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Em depoimento à Justiça, nesta segunda-feira (16), o tenente Ítalo Nunes, comandante da patrulha de militares responsável pelas mortes do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, com 80 tiros de fuzil, disse que o catador estava armado no momento em que houve o fuzilamento.
“O vi ao lado do Ford Ka [dirigido por Evaldo] atirando em nossa direção”, justificou o militar, segundo reportagem do UOL. Os militares do Exército foram denunciados em maio pelos crimes de homicídio qualificado e omissão de socorro.
A afirmação contraria as investigações e perícia, já que nenhuma arma foi encontrada com o catador. Mas o militar incriminou o catador de materiais recicláveis, afirmando que Luciano foi visto pelos militares, momentos antes das mortes, assaltando um veículo.
Quando questionado sobre a inexistência de armamento encontrado no local do crime, o militar afirmou acreditar que uma pistola tenha sido levada de volta para o interior da favela por uma das pessoas que estavam no veículo, ou seja, por familiares do músico.
“Nas imagens feitas posteriormente de cima é possível ver uma das ocupantes do carro olhando para o chão, procurando algo. As imagens não mostram arma no chão, mas essa postura é suspeita”, acusou o comandante da operação.
O tenente ainda argumentou que a patrulha estava “abalada”, por que, horas antes do crime, trocou tiros com traficantes da região. O militar completou o depoimento dizendo “não acreditar” que Luciano “era mesmo catador”.
OPINIÃO THIAGO DOS REIS: Só se ele atirou de ESTILINGUE porque a polícia e o exército estavam lá e não encontraram nenhuma arma no local.
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