Reunidos com Bolsonaro e sem Mandetta, profissionais da saúde afirmam não ser possível relaxar o isolamento

Portal Plantão Brasil
2/4/2020 19:42

Reunidos com Bolsonaro e sem Mandetta, profissionais da saúde afirmam não ser possível relaxar o isolamento

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1590 visitas - Fonte: O Globo

Em reunião no Planalto, médicos dizem a Bolsonaro que não é possível relaxar isolamento, mas teste em massa pode mudar o cenário

Avaliação levada ao presidente é a de que, combinada com outras medidas protetivas, os exames poderiam ser eficientes para identificar aqueles que já estão imunizados

Thais Arbex

02/04/2020 - 17:49 / Atualizado em 02/04/2020 - 17:57



BRASÍLIA — Médicos que estiveram no Palácio do Planalto nesta quarta-feira disseram ao presidente Jair Bolsonaro que ainda não é possível relaxar as medidas de isolamento social — fundamentais, na avaliação do grupo, para que casos de Covid-19 não disparem nas próximas semanas e o sistema de saúde não entre em colapso. O presidente recebeu profissionais no saúde para discutir a crise do coronavírus, mas o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, não foi convidado para o encontro.



— Infelizmente, ainda não é possível falar em relaxamento do isolamento social — disse ao GLOBO o cardiologista Dante Senra, do Hospital Igesp, que esteve com o presidente.







Na conversa, no entanto, os médicos disseram que testes em massa na população têm potencial para mudar o cenário no país. A avaliação levada ao presidente é a de que, combinada com outras medidas protetivas, os exames poderiam ser eficientes para identificar aqueles que já estão imunizados.



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Dessa forma, segundo os médicos, seria possível começar a liberar parte da população para a retomada das atividades —ainda que gradualmente. De acordo com Senra, “quanto mais pessoas forem testadas, melhor”.



O grupo também falou a Bolsonaro sobre o uso da cloroquina em pacientes em estado grave. Embora as perspectivas sejam boas, os médicos disseram que ainda não há evidência científica sobre a eficácia do medicamento no tratamento do novo coronavírus.





Segundo a cardiologista Ludhmila Hajjar, que também esteve no encontro com Bolsonaro, o remédio não pode ser tratado como “a cura” para a Covid-19. Um resultado mais preciso sobre o uso da substância só será possível em 60 dias, disse ela ao GLOBO.



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— A cloroquina pode, sim, ser um tratamento adequado para os pacientes infectados, mas devemos aguardar os resultados dos estudos em andamento na China, nos Estados Unidos e no Brasil.



Assim como Senra, Hajjar, que é coordenadora de ciência, tecnologia e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, também disse ao presidente que não dá para liberar a população para voltar às atividades cotidianas.



Os médicos também falaram que todas medidas também devem ser combinadas com uma série de alternativas para minimizar o avanço do coronavírus. As máscaras de proteção, como dito pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta quarta, podem servir como barreira eficiente para a população em geral.







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