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Como Bolsonaro virou aliado do coronavírus e vice-versa
23 de abril de 2020
Quando as redes sociais fazem memes chamando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “Capitão Cloroquina” ou “Capitão Corona”, talvez sem saber, elas estão vitaminando a imagem do “Coiso” e fortalecendo-o para a reeleição de 2022.
Em entrevista ao Blog do Esmael, na noite desta quarta (22), o presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, disse que Bolsonaro não só manteve seu um terço de aprovação como aumentou um pouco sua popularidade durante a pandemia de coronavírus.
Para entender um pouco esse fenômeno, Hidalgo explicou que o presidente da República se postou como favorável ao emprego, à abertura do comércio, e jogou parte da desgraça na economia para prefeitos e governadores favoráveis à quarentena.
Além disso, complementa, Hidalgo, houve distribuição de benesses para os setores das classes D e E –os mais vulneráveis da sociedade brasileira.
De acordo com o dono da Paraná Pesquisas, Jair Bolsonaro também poderá usar de agora em diante a pandemia para justificar a explosão de desemprego e da miséria, bem como atribuir aos adversários as mazelas da Covid-19.
“Bolsonaro só vai cair se morrer muita gente infectada pelo coronavírus”, repete o presidente da Paraná Pesquisas, estabelecendo como parâmetro para “muita gente” o número de mortos na Itália: 25 mil pessoas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 46.348 casos confirmados de coronavírus e 2.934 mortes na manhã desta quinta-feira (23).
Em tese, pela conversa do pesquisador, Bolsonaro virou um forte aliado do coronavírus e o coronavírus virou um forte aliado de Bolsonaro. Um se agarrou ao outro e ‘vice-versa, quem nem feijão co arroz’ — como diz a letra do Legião Urbana (Eduardo e Mônica).
Assista ao vídeo:
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