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Uma inusitada manifestação com passeata de atiradores está anunciada para ocorrer Brasília, na próxima semana, em 9 de julho. A concentração será em frente a Catedral Metropolitana, na Esplanada dos Ministérios.
O objetivo de quem organiza é tentar melhorar a imagem de agressividade e reduzir “demonização” contra esse pessoal que gosta de armas, segundo as lideranças do ato. Na convocação, num vídeo, um desses líderes do Movimento Pró-Armas, Marcos Pollon, recomenda que os manifestantes que têm o porte evitem de levar suas armas.
“Neste momento é importante que não esteja (com a arma), por favor. Pode gerar alguma interpretação, ou coisa ruim”, recomenda Pollon.
Outro pedido é que deixem em casa o combo EDC (sigla de everyday carry, aquilo que se carrega todo dia), e que ganhou o significado de estojo com canivete, lanterna e outros: “Façam mais esse esforço de não levar o EDC para não ter nenhum incidente e não termos no final aquela imagem do capô de carro da polícia com monte de canivetes em cima”.
A passeata é contra o risco de um “desarmamento absoluto”, diz Pollon, e tentar “desconstruir imagem de agressividade que colocaram na nossa conta por preconceito”.
Uma das reivindicações dos armamentistas é que “que esteja esculpido na Constituição o porte de armas como cláusula pétrea”.
Bolsonarista, a turma diz que “já ganhamos a eleição”. Todos irão vestindo roupa branca, para mostrar que se trata de uma caminha pacífica. “A pauta é mostrar que somos ordeiros. O cenário é de instabilidade e de risco de um desarmamento absoluto. Há ministros hostis, imprensa e parlamentares. Vamos mostrar que estão errados. Ganhamos a eleição. Não precisamos de nada extraordinário, mas que se cumpra a regra do jogo”, afirma Pollon no vídeo.
Um bispo ligado à catedral já foi alvo de ameaças por um bolsonarista, que era ligado a um dos acampamentos que estavam na Esplanada. De qualquer maneira, a informação da manifestação já chegou à Arquidiocese, que está atenta.
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