Polícia Federal e MP-RJ descobrem ligação de Adriano da Nóbrega e assassinos de Marielle

Portal Plantão Brasil
12/7/2020 13:15

Polícia Federal e MP-RJ descobrem ligação de Adriano da Nóbrega e assassinos de Marielle

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4310 visitas - Fonte: Uol

Relatório conjunto da PF (Polícia Federal) e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirma que o falecido chefe do Escritório do Crime Adriano Magalhães da Nóbrega usava uma concessionária de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, para vender e comprar carros. O local foi alvo de pesquisas na internet feitas por Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, e era frequentado por um homem de confiança dele, preso por desaparecer as armas do policial militar da reserva.







"O estabelecimento Garage Store é suspeito de transacionar com Adriano da Nóbrega, alvo da Operação Intocáveis, e foi pesquisado por Ronnie Lessa junto à ferramenta Google", lê-se no documento obtido com exclusividade pelo UOL.



A Garage Car Store vende carros de luxo, novos e usados, e com blindagem. Um dos donos da concessionária afirma que nunca fez qualquer tipo de transação comercial com Adriano ou Lessa e que ninguém ligado ao local foi chamado a prestar esclarecimentos às autoridades.







Ainda de acordo com o mesmo documento, homens ligados a Lessa e Adriano se conheciam e frequentavam as mesmas festas.



Conhecido como Capitão Adriano, o chefe da milícia que agia nas comunidades de Rio das Pedras e de Muzema, na zona oeste do Rio, foi morto em uma operação policial no interior da Bahia, em fevereiro deste ano.



Ronnie Lessa foi preso em março de 2019, quando deixava o condomínio em que morava na Barra da Tijuca em um carro blindado.







O relatório foi assinado por um investigador da PF e por um policial civil cedido ao Gaeco (Grupo Atuação Especial contra o Crime Organizado) do MP-RJ, e finalizado dias depois da prisão do PM da reserva.



Homem de confiança de Lessa, o autointitulado empresário Márcio Mantovano, preso por participar da operação que jogou ao mar armas do PM da reserva, era frequentador da Garage Store, como mostram fotos publicadas em seu perfil no Instagram e que constam no documento da PF e do MP-RJ.





Márcio Mantovano na loja que disse nunca ter frequentado.



MAD foi preso no último dia 30 de junho, em uma operação que o apontou como o novo chefe do Escritório do Crime, após a morte de Capitão Adriano. Ele foi citado em uma gravação telefônica descoberta pela PF como um dos reais assassinos da vereadora do PSOL e de seu motorista.







O miliciano tentou invadir um apartamento de Lessa na zona norte do Rio, horas depois de o policial militar ser preso pela acusação de matar Marielle e Anderson.



No dia seguinte, Márcio Gordo e outras pessoas ligadas a Lessa conseguiram retirar armas do PM reformado do local e jogaram em alto mar. A suspeita da Polícia Civil é que o armamento usado no atentado contra Marielle estava entre o material descartado.



A PF e o MP-RJ apontam no relatório outro elo entre Márcio Gordo e homens ligados a Adriano. Ele é morador da Tijuquinha, comunidade da zona oeste do Rio dominada pela milícia do major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, braço direito do falecido chefe do Escritório do Crime.



A Polícia Civil do Rio descartou o envolvimento de MAD no atentado que vitimou Marielle e Anderson, pois ele teria participado de outro homicídio naquela mesma noite: Marcelo Diotti da Mata morreu com tiros de fuzil em um estacionamento na Barra da Tijuca.



Marcelo Diotti da Mata era casado com a ex-mulher do ex-vereador Cristiano Girão. Girão perdeu o mandato e cumpriu pena por chefiar uma milícia na Gardênia Azul, na zona oeste do Rio. Ele foi um dos principais alvos da CPI das Milícias, presidida pelo então deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que era assessorado por Marielle, à época.







Em um relatório de inteligência, o MP-RJ aponta Ronnie Lessa como chefe da milícia que domina, atualmente, a Gardênia Azul.



Toda essa intrincada rede de relações descrita acima ainda não foi esclarecida pelas autoridades.



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